A Ribeira anda Brava

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As eleições autárquicas e as candidaturas na Ribeira Brava, estão a trazer para terra a agitação que só viamos no mar.

Estepilha, aquilo na Ribeira Brava está mesmo bravo. E não é pelas razões que normalmente conhecemos, de mar muito agitado e uma calmaria em terra que às vezes dava para “adormecer”. E politicamente, então, nem se fala, era PSD e mais uns para fazer número. Agora, não. Agora, ao que nos dizem, faz mais ondas em terra do que no mar e não há “barco” que aguente tamanhos altos e baixos que têm acontecido nos últimos tempos por aqueles lados.

Dizem que depois do PSD anunciar a candidatura de Nivalda Gonçalves à Câmara Municipal, para as autárquicas deste ano, não se fala de outra coisa que não seja “agitação e grandes ondas” entre a máquina laranja. Tem havido menos crispação no mar. Não é para menos, Ricardo Nascimento ainda é presidente, por mais uns meses, e não gostou nada da graçinha de Albuquerque, ao ponto de já ter começado a cerrar fileiras e fazer o que tiver que ser feito para deixar Nivalda à rasca. Dizem que já esteve mais longe.

Já circula um papel de recolha de assinaturas, mas quem nos contactou para falar disto, diz que isso é só para mostrar ao “chefe”, entendendo-se “chefe” não necessariamente o que está em cima, mas quem está na retranca para estas coisas da vida (política) ativa. Mas a verdade, verdadinha, é que pode haver Nascimento para outro lado, com o CDS/PP atento à manobra social democrata. Diz quem sabe disso, e não é difícil comprovar, que desde há algum tempo, é só mimos entre a liderança da autarquia e os centristas. Ora agora voto eu, ora agora votas tu, tu mais eu, juntos a votar em propostas, não importa de que lado vêm. Estepilha, será mesmo? Se é, o caso muda de figura.

Não é momento para intrigas, mas a informação que nos trazem tem as contas com base nos últimos resultados e tira a conclusão que, mais ajuste menos ajuste, Nivalda tem que se acautelar e deixar a cadeira sempre quente na Investimentos Habitacionais, não vá esta incursão autárquica dar para o torto, num lugar onde isso era inquestionável. Pelo sim, pelo não, é melhor não colocar lá ninguém até ver…

Escola de 11 milhões

Outro dos assuntos que tem “incendiado” a Ribeira Brava,desde há algum tempo, é a nova escola, criando divergências mesmo dentro do próprio PSD. Diz quem está por dentro que o PSD, por diversas vezes e com assinatura de Nivalda e Nascimento, defendeu a nova escola, não onde está neste momento, mas no campo de futebol. A idéia era que o polo de ensino ficasse próximo à estrutura desportiva, não obrigando os alunos a sairem da escola para a aula de Educação Física, com os perigos que isso representa, sobretudo os mais novos, pois muita coisa pode acontecer nesse percurso.

Estepilha, vamos ver se percebemos bem. O atual presidente e a candidata a presidente assinaram a favor da construção noutro lugar e mesmo assim fez-se tudo ao contrário desse parecer? Ficámos esclarecidos quando nos disseram que estes dois elementos do PSD da Ribeira Brava assinaram, sim senhor, mas mudaram de opinião no momento em que foi decidido.

Mas é claro que isto são as “más linguas”, porque nestas coisas da política, não fica mal mudar de opinião de vez em quando. E às vezes, mudar de opinião pode ser uma demonstração de inteligência em função de valores mais altos.

Não conseguimos presuadir as versões maldosas. E depois disto, então é que foi avançar com algumas situações ocorridas, só para nos tentarem convencer que ali há caso: “A Câmara alterou o PDM; O espaço do campo de futebol foi desclassificado de zona de equipamentos para zona de edificação imobiliária; A Câmara criou já um regulamento de exceção para investimentos superiores a 1 milhão de euros e criação de postos de trabalho”.

Estepilha, e depois? Não tem nada de mal incentivar o investimento. E a Ribeira Brava tem beneficiado desse mesmo investimento, com empresas que ali constroem a sua sede e dão trabalho no concelho. “Mesmo que algumas delas possam inaugurar em grande sem a autorização de licenciamento na mão?”, dizem-nos parecendo com conhecimento de causa. Não sabemos.  Estepilha, com esta é que não estávamos à espera.

Desenvolvimento é isto mesmo, é preciso desenvolver decisões e os projetos não podem parar. Se fosse para construir um galinheiro, isso sim, era já embargado, agora assim não…”

E ainda há dúvidas que a Ribeira anda Brava? E o mar sem ter culpa, é mesmo em terra firme, com os pés no chão. Embora pelo andar da carruagem, pareça que muita gente anda a “levitar”.