Sara Madruga falou na Faculdade de Direito de Lisboa sobre a participação das mulheres na vida pública

Sara Madruga da Costa foi oradora numa conferência sobre o Dia Internacional da Mulher, na Faculdade de Direito de Lisboa, in Memoriam da professora Isabel Magalhães Collaço, primeira mulher a doutorar-se em Direito em Portugal.

Para além da deputada madeirense, integraram o debate as professoras da Faculdade de Direito de Lisboa, Maria Fernanda Palma, (segunda mulher a doutorar-se em Direito em Portugal) e Ana Maria Guerra Martins, ambas ex- juízas do Tribunal Constitucional, Susana Videira, Sílvia Alves e Dulce Rocha, presidente do Instituto de Apoio à Criança, refere um comunicado.

Entre outros temas, foi abordada a igualdade de direitos, a discriminação da mulher em tempos de crise e a participação política feminina.

Coube à deputada Sara Madruga da Costa, uma das sete cabeças-de-listas femininas às últimas eleições legislativas nacionais e a primeira cabeça-de-lista mulher eleita pela Região Autónoma da Madeira, falar da participação política no feminino.

Pela primeira vez, a XIII legislatura da Assembleia da República, é composta por um terço de mulheres, o que revela o aumento da participação política das mulheres também no parlamento.

A deputada saudou em primeiro lugar o exemplo de determinação e persistência da professora Isabel Magalhães Collaço, primeira mulher a doutorar-se em Portugal em 1954, que será para sempre recordada como uma grande figura do Direito e da investigação jurídica, referiu.

“Ainda existe um longo caminho a percorrer na igualdade de género e nos direitos das mulheres”, referiu Sara Madruga da Costa, pois “as mulheres continuam inexplicavelmente a ganhar menos do que os homens, a ter dificuldades por exemplo a leccionar nas universidades como professoras auxiliares, apesar de mais de metade dos recém-doutorados em Portugal serem mulheres, ou a aceder a cargos de chefia e liderança nas empresas”, disse.

“Por isso, nunca é demais, falar e reflectir sobre estes temas”, considerou. “Nunca é demais defender a necessidade de melhores condições para as mulheres, de reclamar por um maior investimento nas infra-estruturas de apoio às famílias, por mais medidas de incentivo à natalidade e de protecção à maternidade, de pugnar pela eliminação da desigualdade salarial entre mulheres e homens”, referiu Sara Madruga.