Novo navio-patrulha oferece novas condições à missão da Marinha na Região

Fotos: Rui Marote e Luís Rocha

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O Funchal Notícias esteve esta manhã a bordo do NRP Tejo, o novo navio-patrulha que agora permanecerá de serviço à Região até ao final de Março de 2017. O navio efectuou alguns ensaios de mar na baía do Funchal, recebendo ambos o comandante da Zona Marítima da Madeira, capitão-de-mar-e-guerra Félix Marques, e o oficial que o vem substituir nessas funções a partir dos primeiros dias de Janeiro, capitão-de-mar-e-guerra Sousa Pereira. Aos jornalistas foram desvendados os mais diversos aspectos desta embarcação da Marinha Portuguesa, que já demos a conhecer ontem aos nossos leitores.

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Félix Marques despede-se da Madeira deixando cá um melhor “patrulha”.

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A introdução a este navio modelo STANFLEX 300, que Portugal comprou à Dinamarca, foi feita pelo oficial Robalo Franco, que explicou as diversas valências da missão do mesmo e as condições melhoradas que oferece à tripulação, em relação aos antigos patrulhas da classe Cacine, já com quatro décadas ao serviço.

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Por seu turno, Félix Marques considerou que “hoje é um dia importante para a Marinha e para o comando da Zona Marítima da Madeira, porque pela primeira vez tem um navio da classe Tejo que vem guarnecer o nosso dispositivo naval”.

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Este é um de quatro navios adquiridos à Dinamarca, e esta é a primeira missão deste navio, depois de ser acrescentado ao efectivo da Armada. “Como puderam verificar, é um navio que, relativamente aos navios que tradicionalmente desempenham as suas funções na Zona Marítima da Madeira apresenta uma grande evolução tecnológica e de comodidade e condições de trabalho”, realçou o capitão-de-mar-e-guerra.

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O novo comandante naval, Sousa Pereira, também visitou o novo patrulha

A Zona Marítima da Madeira passa agora a ter um navio com melhores condições para o cumprimento das missões nas suas águas, “nomeadamente no âmbito da busca e salvamento, que é a missão principal deste navio, mas também no exercício da autoridade do Estado no mar e o apoio a outras entidades, nomeadamente ao Parque Natural da Madeira, na rendição dos vigilantes da Natureza quer nas Desertas, quer nas Selvagens”, disse Félix Marques.

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Com a presença contínua da Polícia Marítima nas ilhas Selvagens, a Marinha passa agora a ter também melhores condições para apoiar aqueles militares e militarizados em serviço naquelas paragens distantes.

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Após a sua comissão de serviço na Região, este navio-patrulha será de novo substituído por outro patrulha dos antigos, da classe Cacine, mas Félix Marques disse que o objectivo é que, com a entrada ao serviço dos outros navios-patrulha da classe Tejo, os navios mais antigos vão sendo paulatinamente substituídos.

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“A previsão é que em 2018 os quatro navios da classe Tejo já estejam operacionais, e que o dispositivo naval na Madeira passe a ser guarnecido por estes novos patrulhas. Mas em 2017 não há ainda essa capacidade”, admitiu.

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Félix Marques disse ainda que, a terminar a sua comissão na RAM, é com agrado que vê a entrada em serviço deste navio com melhores capacidades.

O NRP Tejo tem actualmente capacidade para navegar a cerca de 17, 18 nós. Na realidade, a sua velocidade pode chegar a um máximo de 30 nós, mas isso exige o recurso a uma turbina que “ainda não está operacional”. Fundamentalmente, trata-se de uma avaria que terá de ser colmatada, mas que provavelmente exigirá investimento significativo e só poderá ser realizada no continente, provavelmente no arsenal do Alfeite.

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Conforme já referimos, o navio, de 54 metros de comprimento, possui uma única peça de artilharia, de 12,7 mm, embora seja desejável que seja equipado com um canhão de 30 mm, como os chamados ‘patrulhões’, um dos quais, recorde-se, já esteve de serviço à Região.

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