Obra deixa Caminho da Fé “esburacado” em tempo de chuva mas Câmara garante asfaltagem

câmara municipal do Funchal

A obra municipal que decorre no Caminho da Fé, na zona dos Barreiros, São Martinho, está a suscitar uma onda de críticas por parte dos residentes e não só. Segundo relatam ao “FN”, a autarquia terá “esburacado” a estrada e “falta-lhe financiamento para a asfaltagem”. Entretanto, as primeiras chuvadas começaram a cair e a situação no asfalto torna-se “caótica, com grandes transtornos para os moradores e até para os professores que lecionam na Escola Gonçalves Zarco”.

Dizem os moradores que se tratam de obras de saneamento básico, por conseguinte, de indiscutível utilidade. Mas também salientam que o mesmo investimento acusa falta de planeamento, já que a conclusão dos trabalhos deveria ter em conta que, sem asfaltagem atempada, o mau tempo iria provocar os constrangimentos que são óbvios no terreno. E, a confirmar-se a falta de dinheiro para a conclusão, o inverno promete agravar a situação.

CMF vai concluir a obra

Contactada a CMF, a autarquia esclarece que está em curso a empreitada de saneamento básico mas diz ser falsa a afirmação de que não há dinheiro para a asfaltagem da estrada.

Segundo esclarece o vereador Miguel Gouveia, “a obra estruturante visa a ligação dos efluentes da zona dos Barreiros e das Virtudes à Avenida Sá Carneiro, pelas condutas existentes no Túnel da Pontinha e, além de melhorar a rede local do caminho da Fé, resolver o problema crónico do transbordo das redes na Rua Dr. Pita aquando de chuvas intensas”
Porém, no decurso dos trabalhos,  outros problemas foram detetados, segundo explica o vereador: “Na execução da obra, verificou-se que a rede de água potável do Caminho da Fé não estava nas melhores condições, apresentando várias ruturas no decurso das escavações iniciais, decidindo-se a CMF pela sua substituição também. Esta obra, como qualquer obra nas redes de águas e saneamento básico, é feita em duas fases. Uma primeira em que é lançada a conduta principal e ligada ao seu destino final e uma segunda em que são efectuadas, ao longo do trajecto, as ligações aos ramais e ligações domiciliários. No final de toda a intervenção é efectuada a pavimentação integral do arruamento. É nessa fase que se encontra essa obra no presente, sendo que faz parte da adjudicação. Isto para concluir que é falsa a alegação de falta de financiamento da CMF para a pavimentação”.