JPP denuncia demoras nos reembolsos do IASAÚDE

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O JPP foi hoje ao edifício do IASAÚDE, para denunciar a falha nos reembolsos da ADSE “que tem vindo a aumentar nos últimos meses, na ordem dos 7,5%”, conforme salientou Lina Pereira, em conferência de imprensa realizada esta manhã.
“Foi anunciado pela administração do IA-SAUDE que, no horário de maior afluência, passaria a ter mais funcionários, seria colocada uma máquina automática nos serviços onde os beneficiários colocassem o envelope já com toda a documentação, sem ter de ficar na fila a aguardar, e passaria a ser possível retirar a senha na web”, recordou Lina Pereira, revelando a insatisfação do JPP perante os atrasos e as limitações destas medidas:

“Segundo informação oficial a caixa automática estaria operacional dentro de um mês, mas já se passaram quase dois e ainda não está nos serviços. Por outro lado, as senhas on-line exigem conhecimentos no âmbito das novas tecnologias que, como sabemos, não está ao alcance de todos, além de que não está disponível para os aposentados ADSE. Ora falamos de um grupo considerável de pessoas que se deslocam a estes serviços e que não está contemplado nestas alternativas.”

Na ocasião, a porta-voz do JPP lembrou que as novas medidas do IA-Saúde previam, para 2017, a possibilidade da entrega de documentação nas juntas de freguesia e nos CTT. “Aqui colocam-se as seguintes questões: serão dadas as condições por parte do Governo Regional para que isto possa ser feito? Se os serviços próprios, com as devidas competências não conseguem dar resposta, serão as juntas e os CTT, com um acumular de competências capazes?”

Para o JPP, os atrasos e as longas filas que se têm registado, nos últimos tempos, junto dos serviços de reembolsos, decorrem de outro problema, que urge resolver: “Falha na prestação de serviços públicos de saúde, que obriga as pessoas a pagarem quer exames complementares de diagnóstico, consultas de especialidade e, inclusive cirurgias e depois quando vêm receber o reembolso deparam-se com mais constrangimentos. Concluindo, os utentes são duplamente penalizados. Por isso, o JPP defende que a solução terá de passar por uma aposta efectiva e não hipotética nos cuidados de saúde públicos”.