OCM propõe temporada musical multifacetada e com vários atractivos

orquestra clássica da Madeira

A Orquestra Clássica da Madeira divulgou a sua nova temporada musical, sublinhando que  na mesma ambiciona a apresentação de “repertórios desafiantes”, bem como convidar maestros e solistas de prestígio nacional e internacional.

“Com ciclos parcelares, distribuídos por toda a temporada, teremos Grandes Solistas, Grandes Obras e Jovens Solistas. Uma programação compacta e diversa, com sugestões que vão desde a música de câmara a propostas sinfónicas com objectivos maiores de servir a arte em geral, a música, e em particular o nosso público”, refere a OCM, que se classifica como “uma orquestra reverente para com a literatura musical e seus criadores, e irreverente na sua contemplação e no sonho de orienta cada um de nós”.

O concerto inaugural da temporada é já no sábado, dia 24, pelas 18 horas, no Teatro Municipal Baltazar Dias. Integrado no ciclo grandes solistas, conta com Gianluca Marciano como maestro convidado, e Alexander Buzlov como solista. Do programa constam a ‘Academic Festival Overture’, Op. 80, de Johannes Brahms, o Concerto para violoncelo em Mi menor, Op. 85 de Edward Elgar, e, de Tchaikovsky, a Sinfonia nº 5 em Mi menor, Op. 64.

Já o concerto seguinte terá como maestro convidado Cesário Costa, e, integrado no ciclo jovens solistas e celebrando o Dia Mundial da Música, acontece à mesma hora e no mesmo local, no dia 1 de Outubro. Sergei Kyrychenko será solista no Concerto para piano nº 3 em Ré menor, de Rachmaninov, e a outra peça interpretada será a conhecida Sinfonia nº 9, “Do novo mundo”, em Mi menor, Op. 95, de Dvorák.

Esta temporada é também bem preenchida de recitais de música de câmara, o primeiro dos quais realiza-se no Belmond Reid’s Palace pelas 21h30 do dia 5 de Outubro, protagonizado pela Madeira Camerata.

Entre as obras constantes desta temporada contam-se criações de compositores como Corelli, Mozart, Mendelssohn, Paul Dukas, Stravinsky, Malcolm Arnold, Vítor de Faria, Henry Purcell, Leonard Bernstein, Jean-François-Victor Bellon, Bizet, Debussy, Piazzolla, Claude-Paul Taffanel, Gerald Finzi, Marcos Portugal, Scott Joplin, Carl Nielsen, Schumann, Johann Strauss, Turina, Haendel, Haydn, Grieg, só para citar alguns.

A temporada é de facto muito variada e com muitos motivos de interesse, para agradar a diversos tipos de públicos. Momentos particularmente relevantes são sem dúvida a interpretação do magnífico Requiem de Mozart na Sé Catedral, a 18 de Novembro, pelo Coro Sinfónico Inês de Castro, circunstância em que será tocado também o 4º andamento da Sinfonia nº 9 de Beethoven; ou a possibilidade de ouvir a interpretação, no Concerto de Natal a 18 de Dezembro, de obras famosas que fazem já parte do imaginário colectivo, como a música do filme ‘Indiana Jones’, de John Williams, de vários filmes da Disney, de filmes como ‘Piratas das Caraíbas’, da ‘Guerra das Estrelas’, etc. Música orquestral conhecida de todos nós, mas que não é frequente ouvir-se na Madeira numa sala de concertos, tocada ao vivo.

Além do habitual concerto de Ano Novo com valsas e polcas da família Strauss, a OCM propõe ainda momentos como a interpretação do Concerto para violino e orquestra em Ré menor de Tchaikovsky, por Martin André; ou um concerto com Maria João e Mário Laginha, nomes que já dispensam quaisquer apresentações. Tudo isto entre numerosos concertos de música de câmara e apresentações do tutti da orquestra a tocar obras tão relevantes como a Sinfonia nº 2  de Beethoven, ou o Concerto para violino e orquestra nº 3 de Saint-Säens. Prevista está também uma apresentação do prestigiado Quarteto Lopes Graça. Estas são apenas algumas das propostas da Orquestra dirigida pela ANSA, sob direcção artística do violinista madeirense Norberto Gomes. Há motivos para ir aos concertos, sem dúvida.