JPP afirma que Medicina Nuclear não funciona “por falta de vontade política”

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O grupo parlamentar do JPP visitou hoje a Unidade de Medicina Nuclear do SESARAM, onde constatou que, ao invés do que tem sido dito pelo secretário regional da Saúde, Faria Nunes, “esta unidade ainda não se encontra em funcionamento, apenas e só, porque não existe vontade política”.

A Unidade de Medicina Nuclear do SESARAM, diz o partido, é uma das seis licenciadas em todo o país, sendo que, dentro destas, apresenta um dos maiores graus de complexidade. Significa isto que a Unidade tem máquinas de topo para a realização de exames mas que se encontram “paradas”, explicam.

Os deputados do JPP constatam que ainda não se encontra licenciado o sector dos resíduos; o Plano de Resposta à Emergência Nuclear e Radiológica na RAM encontra-se há mais de 2 anos a aguardar parecer da Protecção Civil; o serviço ainda não “pertence” ao hospital pois há pequenos “arranjos” a serem ultimados para a sua plena utilização (fissuras); aguarda-se a chegada de um gerador que, por burocracias alfandegárias ainda não chegou à RAM; e que a Região ainda não tem o PET – tomografia por emissão de positrões – muito utilizada em situações de oncologia, cardiologia e neurologia, cuja aquisição é co-financiada pela União Europeia em 85%, que permite aumentar a sobrevida da população da RAM que, neste momento, é a mais baixa do país.

Com o funcionamento desta Unidade, explicam os deputados da JPP, será possível diagnosticar doenças que com os métodos actuais, não se consegue diagnosticar. Será possível diminuir as listas de espera, aumentar a sobrevida da população e, por consequência, a sua qualidade de vida, afirmam.

“Ora, daqui depreende-se que é possível activar a Unidade de Medicina Nuclear da RAM, desde que haja uma decisão política que tenha como principal objectivo a melhoria dos serviços de saúde prestados à população. No fundo, estamos a falar de melhorar, significativamente, a prestação dos cuidados de saúde à população, a custos mais reduzidos”, concluem estes responsáveis parlamentares.