Hotel Savoy usa tecnologia à prova de pontes e viadutos

Engenharia pesada usada nas fundações do novo hotel.
Engenharia de ponta usada nas fundações do novo hotel. (Foto Rui Marote)

Está cumprida aquela que foi até à data um das maiores operações de betonagem na construção do novo Hotel Savoy. Três dias de intenso trabalho, em que homens e equipamentos foram testados ao máximo para concluir com sucesso uma fase crucial do projeto, onde se integra o mega auditório com capacidade para mil pessoas.

* Com RUI MAROTE

Quinta, sexta e sábado. De manhã à noite sem interrupções. As operações de cofragem e betonagem nesta fase do projeto da construção do Hotel Savoy Palace exigiram tecnologia, protocolos e materiais usados na construção de estruturas de grande dimensão e solidez, como pontes e viadutos.

hotel savoy
Parede lateral da sala de congressos. (Foto Rui Marote)

Os trabalhos de estrutura no embasamento do edifício, até ao nível da Avenida do Infante, continuam ao fim de seis meses, mantendo-se os principais recursos anteriormente mobilizados e os mais de 230 colaboradores afetos ao Grupo AFA.

Como particularidade, durante este mês está em fase final de construção a estrutura da sala de congressos/auditório com capacidade para 1.000 pessoas, localizada no lado nascente do piso zero do empreendimento.

Esta sala de enorme envergadura, com 40m de comprimento e 24m e largura, tem uma área de 1.000m2 completamente desimpedida de pilares no seu interior.

Com capacidade para mil lugares, o auditório/sala de congressos não tem nenhuma pilar de sustentação. (Foto Rui Marote)
Com capacidade para mil lugares, o auditório/sala de congressos não tem nenhuma pilar de sustentação. (Foto Rui Marote)

Para permitir vencer esta grande largura e contemplar a estrutura do edifício por cima da sala, teve de ser desenvolvido um projeto especial para a laje, neste caso, com recurso a betão armado pré-esforçado, à semelhança do que é usado nos projetos dos viadutos ou pontes.

As grandes vigas que sustentam a laje do auditório. (Foto Rui Marote)
As grandes vigas que sustentam a laje do auditório. (Foto Rui Marote)

A conceção consistiu em sete vigas pré-esforçadas com 2,5m de largura e uma altura superior a uma pessoa (2m), para se vencer o vão de 24m, levando cada viga cerca de 160m3 de betão.

Atendendo ao duplo pé-direito da sala, maior que 6m, e devido ao peso das vigas, a cofragem utilizada foi também igual à que se aplicam nos viadutos e pontes.

A piscina e a zona dos solários. (Foto Rui Marote)
A piscina e a zona dos solários. (Foto Rui Marote)

Conforme o FN pôde constatar, o edifício já atingiu a sua altura máxima na frente que dá para a Rua Imperatriz Dona Amélia, onde ficarão localizados os solários de apoio à piscina.

Pormenor da zona piscina e solários. (Foto Rui Marote)
Pormenor da zona piscina e solários. (Foto Rui Marote)

O prédio irá agora “crescer” apenas do lado da Avenida do Infante, atingindo no final um total de 16 pisos.

O projeto tem avançado dentro dos prazos previstos, marcando a atualidade do sector da construção civil regional, quer pelo número de operacionais envolvidos, quer pelas sofisticadas abordagens técnicas utilizadas.