Está cumprida aquela que foi até à data um das maiores operações de betonagem na construção do novo Hotel Savoy. Três dias de intenso trabalho, em que homens e equipamentos foram testados ao máximo para concluir com sucesso uma fase crucial do projeto, onde se integra o mega auditório com capacidade para mil pessoas.
* Com RUI MAROTE
Quinta, sexta e sábado. De manhã à noite sem interrupções. As operações de cofragem e betonagem nesta fase do projeto da construção do Hotel Savoy Palace exigiram tecnologia, protocolos e materiais usados na construção de estruturas de grande dimensão e solidez, como pontes e viadutos.
Os trabalhos de estrutura no embasamento do edifício, até ao nível da Avenida do Infante, continuam ao fim de seis meses, mantendo-se os principais recursos anteriormente mobilizados e os mais de 230 colaboradores afetos ao Grupo AFA.
Como particularidade, durante este mês está em fase final de construção a estrutura da sala de congressos/auditório com capacidade para 1.000 pessoas, localizada no lado nascente do piso zero do empreendimento.
Esta sala de enorme envergadura, com 40m de comprimento e 24m e largura, tem uma área de 1.000m2 completamente desimpedida de pilares no seu interior.
Para permitir vencer esta grande largura e contemplar a estrutura do edifício por cima da sala, teve de ser desenvolvido um projeto especial para a laje, neste caso, com recurso a betão armado pré-esforçado, à semelhança do que é usado nos projetos dos viadutos ou pontes.
A conceção consistiu em sete vigas pré-esforçadas com 2,5m de largura e uma altura superior a uma pessoa (2m), para se vencer o vão de 24m, levando cada viga cerca de 160m3 de betão.
Atendendo ao duplo pé-direito da sala, maior que 6m, e devido ao peso das vigas, a cofragem utilizada foi também igual à que se aplicam nos viadutos e pontes.
Conforme o FN pôde constatar, o edifício já atingiu a sua altura máxima na frente que dá para a Rua Imperatriz Dona Amélia, onde ficarão localizados os solários de apoio à piscina.
O prédio irá agora “crescer” apenas do lado da Avenida do Infante, atingindo no final um total de 16 pisos.
O projeto tem avançado dentro dos prazos previstos, marcando a atualidade do sector da construção civil regional, quer pelo número de operacionais envolvidos, quer pelas sofisticadas abordagens técnicas utilizadas.