Tanques da Estação de Biologia Marinha são de água salgada

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Há dias assim, em que o zelo na denúncia de potenciais focos de ameaça para a saúde pública pode induzir em erro. E foi o caso do FN há alguns dias, quando denunciou a existência de uns tanques com água com tampas danificadas, ainda por cima na Estação de Biologia Marinha. Possíveis viveiros do perigoso mosquito, aventámos.

Mas a verdade é que tal foi desmentido pelo biólogo Manuel Biscoito, que nos enviou a seguinte missiva: “Congratulo-me com o vosso interesse na questão da denúncia de potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti. Nunca é demais chamar a atenção para estes casos, ainda para mais em espaços públicos, pois só um melhor comportamento da população pode levar à diminuição das populações deste mosquito e por conseguinte à diminuição da probabilidade de termos surtos de doenças por eles transmitidos, como sejam a Dengue, Chinkungunya, Zika, etc. O artigo do jornalista Rui Marote, publicado na secção Sociedade há três dias atrás, vem nesse sentido. Há apenas um pormenor que escapou ao jornalista: a água nos tanques da Estação de Biologia Marinha do Funchal é água do mar e, que se saiba, não é propícia à criação de larvas de qualquer espécie de mosquito. Como diz Rui Marote e bem, “…onde trabalham tantos biólogos que são sensíveis a estas coisas…” não era possível ter criadouros de mosquitos daquela maneira! Ainda para mais quando alguns deles são responsáveis pela monitorização e combate a esta espécie na cidade do Funchal há 11 anos!”

Conclusão: agimos de boa fé mas fomos induzidos em erro e só nos resta admiti-lo, desculpando-nos por alguma precipitação junto dos cientistas e dos leitores. De qualquer modo, as palavras amáveis de Manuel Biscoito incentivam-nos a continuar a agir no sentido de alertar para eventuais focos de risco à saúde pública…