Pai do Daniel nega violação: “Tenho namorada, não ia estragar tudo”

Carlos Sousa
Foto CMTV.

Dois anos depois, o pai do pequeno Daniel, Carlos Abreu Sousa volta a ser notícia.

Desta vez por causa de uma situação que se passou na passada segunda-feira, junto às piscinas da Calheta, perto da escola da localidade.

Carlos Sousa trabalha nas piscinas por conta de um programa ocupacional, indicado pelo Centro de Emprego. Começou em Outubro de 2015 num programa que tem uma duração anual.

Está a ser investigado pela PJ-Funchal por suspeita de violação (não se sabe se consumada ou tentada) de uma menor de 17 anos, aluna da dita escola.

Mas, em declarações ao Funchal Notícias, Carlos Abreu Sousa conta uma versão diferente dos acontecimentos.

Diz-nos que na última segunda-feira, por volta da hora do almoço, terá apanhado em flagrante a dita menor com um rapaz mais velho em pleno acto sexual, no estacionamento das ditas piscinas.

Na sua versão, terá confrontado a menor que aquela situação não se fazia, muito menos num local público e disse-lhe que iria contar ao conselho executivo da escola.

A menor terá implorado para que não o fizesse e, segundo diz, para vingar-se, alega agora que Carlos Abreu Sousa terá com ela mantido relações forçadas em troca do silêncio.

“É mentira. Não tenho nada a esconder. Está todo o mundo a acusar-sem de ter violado a rapariga mas foi eu que os apanhei a ter relações. Fiz o meu dever de chamá-los à atenção”, garantiu.

Carlos Abreu Sousa diz que conhece vagamente quer a rapariga quer o rapaz com quem esta terá tido relações sexuais. E garante que as famílias dos dois não iriam gostar de saber que andavam juntos.

Carlos Sousa admite que o caso possa “trazer problemas” à custódia que tem, actualmente, do menor Daniel e da sua irmã.

“Não era burro nem besta para estragar tudo. Tenho os miúdos, tenho casa [apartamento que lhe foi cedido em Setembro de 2014, após o caso do Daniel]. tenho trabalho. Tenho namorada há seis meses. Enquanto não tive namorada não andei a fazer loucuras. Acha que agora, que tenho namorada, ia fazer loucuras?”, perguntou.

A PJ foi buscá-lo à Calheta para um primeiro interrogatório, proibiu-o de contactar e de se aproximar da menor até que o assunto estivesse esclarecido.

Os inspectores recolheram a sua roupa interior para análises mas Carlos Abreu Sousa não teme o seu resultado, nem o resultado dos eventuais exames da roupa ou do corpo da menor.

Na próxima quinta-feira de manhã, Carlos Abreu Sousa volta a ser interrogado pela PJ-Funchal.

Relativamente ao suposto rapto do pequena Daniel, o caso ainda está em investigação.

A mãe ainda via os filhos regularmente mas, nos últimos meses -e mais ainda depois de lhe ser retirado o bebé que teve de outra relação- tem deixado de os visitar.