Polémica a marcar campeonato regional de futebol sub-10

Dois jogos realizados este sábado, a contar para o campeonato regional de futebol sub-10, estão no centro da contestação. Os atores: Nacional e Marítimo. Entre falta de árbitro, golos mal anulados e irregularmente validados, o caso está a gerar descontentamento e críticas à Associação de Futebol da Madeira.

O golo na baliza da AD Machico que os nacionalistas consideram válido. "O árbitro não viu", alegam.
O golo na baliza da AD Machico que os nacionalistas consideram válido. “O árbitro não viu”, alegam.

Futebolistas em campo, jogo prestes a começar, nenhum árbitro destacado para apitar a partida, que seria decisiva para os nacionalistas na conquista do título de campeão regional sub-10.

A situação aconteceu esta manhã no campo Municipal Tristão Vaz, em Machico, num jogo entre as equipas da casa e do CD Nacional.

E se não bastasse o contratempo inicial, a solução encontrada viria a gerar ainda maior descontentamento. Foi mandado chamar um árbitro de recurso que se encontrava a arbitrar outro jogo no local. Por sinal, sócio galardoado do clube adversário que se encontrava à mesma hora, tal como o Nacional, a tentar garantir o primeiro lugar do campeonato regional.

Enquanto em Santo António, a formação verde rubra acabaria por beneficiar de um tento com contornos pouco claros, marcado em tempo de compensação, em Machico, a equipa nacionalista experimentava um misto de emoções. A alegria por ter vencido o jogo, a desilusão de ver anulado o que considera de golo limpo e que poderia ditar a conquista de um título que é decidido pela melhor diferença de golos.

O caso já foi comentado pelo gabinete de comunicação do CD Nacional, sob o título “Um que entrou e não valeu, outro que não entrou e valeu”:

“A equipa de Sub-10 do Nacional perdeu esta manhã a possibilidade de sagrar-se campeão regional porque um golo limpo que marcou no seu jogo não foi validado, enquanto que no jogo do outro candidato, quatro minutos depois da hora, foi validado um golo em que a bola não entrou”, pode ler-se na página oficial do clube.

As críticas não se resumem ao jogo de Machico, fértil em incidentes e onde não houve lugar a tempo de compensação. Apesar de ter vencido a partida por 2-0 contra a formação da casa, o Nacional viria a perder a possibilidade de sagrar-se campeão regional também pelo facto de o seu mais direto adversário, o CS Marítimo, ter conseguido na mesma altura vencer em Santo António o Esfuma SC por 6-0, numa partida onde o árbitro “quase residente” naquele recinto acabou por dar quatro minutos de descontos. Uma situação que os dirigentes nacionalistas consideram, no mínimo, pouco habitual.

“Nesse período”, lamenta Saturnino Sousa, do gabinete de comunicação nacionalista, “(o árbitro) acaba por assinalar um golo a favor da equipa da casa, num lance em que a bola não entra. Com esse golo, o 6-0, o Marítimo passa finalmente à frente do Nacional e sagra-se campeão”.

Os episódios ocorridos nos dois jogos em que estiveram envolvidas as equipas do Nacional e do Marítimo estão a gerar contestação por parte dos dirigentes nacionalistas, que criticam frontalmente a atuação da Associação de Futebol da Madeira.

“Os jovens atletas, pais treinadores, dirigentes, clubes, merecem mais respeito. Não ter árbitro nomeado para um jogo que pode valer um título é inaceitável. Tal como é inaceitável ter-se árbitros ‘residentes’ em alguns campos da Região”, contesta Saturnino Sousa.

Mesmo assim, os responsáveis do CD Nacional deixam votos de congratulação à equipa vencedora. “Parabéns aos jovens jogadores do Marítimo pelo título conquistado. Parabéns a todos atletas de todas as equipas que participaram”.