Exposição sobre ‘jornais da Autonomia’ no Museu de Imprensa

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“JORNAIS DA AUTONOMIA – 40 Anos/40 Jornais”, é o título de uma exposição temporária promovida pelo Museu de Imprensa – Madeira que será inaugurada hoje, dia 13 de Abril, pelas 18:00, com a presença do presidente da Assembleia Legislativ da Madeira, Tranquada Gomes, e do presidente da Câmara Municipal, Pedro Coelho. A exposição apresenta todos os jornais publicados na Madeira desde 1976 até à presente data, ou seja, desde a instituição da Autonomia Política e Administrativa da Madeira, que este ano assinala 40 anos.

Este ano, a Madeira assinala quatro décadas de Autonomia, muito preenchido em termos políticos, sociais e culturais, e durante o qual surgiram dezenas de novos jornais, diários, semanários e mensários, nunca antes reunidos e apresentados ao público numa exposição colectiva, refere a organização.

Nesta exposição constam as primeiras edições da generalidade dos títulos de imprensa, de onde se destaca o primeiro número de «O Caseiro», órgão oficial da U.C.I.M. – União dos Caseiros da Ilha da Madeira, que teve como directora Maria da Conceição Gomes e foi impresso a 28 de Março de 1976, uma semana antes da data de aprovação da nova Constituição; o primeiro número do semanário «Zarco», órgão oficial da APAM – Associação Política do Arquipélago da Madeira, de inspiração independentista, publicado entre 18 de Outubro de 1976 e 8 de Julho de 1980, tendo sido director José de Carvalho; o jornal «Madeira Press», edição de Frank Ligne e direcção de Ornelas Teixeira, cuja linha editorial assumia-se como um jornal regionalista e anti-comunista, e que foi publicado pela primeira vez a 06/12/1976; o jornal «Força do Povo», publicado entre Fevereiro de 1977 e 03/01/1979, tendo como proprietário, editor e director José Manuel Abreu Silva; entre outros títulos.”

A comunicação social, refere uma nota do Museu de Imprensa, “tem uma função crítica processada através da dinamização de um amplo espaço público de reflexão e de debate e a Autonomia enquanto nova realidade governativa, nova realidade politica e administrativa que passou a existir a partir de 1976, foi difundida e retratada pelos jornais e apoiou-se nestes como se fossem um prolongamento do espaço público, como se fossem mediadores entre os políticos e o povo, como se para além do papel de informar os jornais tivessem que proporcionar a participação de todos na vida colectiva, elegendo a Autonomia como causa comum”.

Os jornais são consumidos diariamente e raramente conservados para além da actualidade que a data impressa no cabeçalho, ou o leitor, lhe confere. Os jornais informam, divertem, ajudam a perceber e a formar opiniões, e até podem ser vistos como documentos ou fontes históricas, mas por ser uma folha frágil nem sempre são preservados para a posteridade, razão pela qual a exposição que o Museu de Imprensa – Madeira está a preparar reveste-se de acrescido interesse, na justa medida que irá expor a generalidade das primeiras edições destes 40 “Jornais da Autonomia”, prossegue o comunicado.

A exposição temporária “Jornais da Autonomia – 40 anos/40 Jornais”, resulta de um trabalho de investigação de Lourenço Freitas, coordenador do Museu de Imprensa – Madeira, e vai estar patente até ao Verão de 2016. Esta é a nona exposição temporária promovida pelo Museu de Imprensa – Madeira, um espaço cultural inaugurado em 2013, propriedade da Câmara Municipal de Câmara de Lobos e que está aberto ao público de segunda a sexta-feira entre as 10h e as 17h e ao sábado entre a 09h e as 14h.