CMF responde a vereadora do PSD sobre ‘Loja do Munícipe’

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O Executivo da Câmara Municipal do Funchal tornou pública uma posição relativamente a uma coluna de opinião assinada pela vereadora do PSD, Vanda Correia de Jesus, publicada hoje no JM, posição essa de “surpresa e perplexidade”, já que a CMF acusa o dito texto de ser uma tentativa de “descredibilizar de forma ostensiva o projecto ‘Loja do Munícipe’, fazendo por arrasto acusações graves, mentirosas e de má fé, a começar pelo título da sua crónica”.

O Executivo da autarquia funchalense considera inédito que uma vereadora em funções se refira a uma reforma administrativa de fundo no atendimento aos munícipes como um “absurdo e ruinoso desperdício de dinheiros públicos”.

Assevera que a futura “Loja do Munícipe” do Funchal virá centralizar o atendimento presencial da autarquia num único espaço físico, bem como o atendimento online numa única plataforma, através de um sistema de suporte à operação funcional e actualizado.

“O projecto irá reestruturar e potenciar toda a dinâmica do funcionamento interno do município, no sentido em que serão adoptados novos sistemas informáticos e novos métodos de trabalho mais eficientes e produtivos, aliados a recursos humanos mais capacitados, o que se vai obviamente traduzir em benefícios claros para os munícipes e para as empresas”, garante.

Para o signatário da carta enviada às Redacções, a ‘Loja do Munícipe’ virá responder a um problema estrutural e histórico dos serviços da autarquia, que é o de os munícipes se terem de dirigir fisicamente a diferentes departamentos para expor diferentes problemas, em vez de tudo ser tratado num único local.

“Compreendemos que a Dra. Vanda Correia de Jesus lide mal com as mudanças, mas teimar em que “as pessoas andem a circular nos corredores da Câmara”, quando este é justamente um dos maiores obstáculos que estas identificam e criticam, não é uma observação de boa-fé e não pode, em consciência, ser levada a sério”.

O Executivo de Paulo Cafôfo afirma que se há procedimento que toda a população reconhece à vereação em funções, é a política de porta aberta, traduzida em mais de 1000 audiências a munícipes em 2015, sendo que o Presidente da Câmara já atendeu pessoalmente mais de um milhar de cidadãos desde que tomou posse em Outubro de 2013.

“A demagogia dispara, ainda assim, quando se indicam os 2.1 milhões de euros de investimento como um insuportável exagero para as contas municipais, quando é do inteiro conhecimento da Vereadora Vanda de Jesus que 85% do projeto “Loja do Munícipe” será pago estritamente por fundos comunitários, ou seja, 1.8 milhões de euros. Por via da sua capacidade de empreendimento e, sobretudo, da competência dos seus serviços, a Câmara Municipal do Funchal foi capaz de projectar esta profunda e, pelos vistos, impressionante modernização administrativa e, ainda assim, assumir apenas 300 mil euros do investimento global. Se a razão de toda a preocupação da Dra. Vanda de Jesus com os gastos foi a mera desatenção, é pois com todo o gosto que a elucidamos. Só verificamos, com pena, que nem sempre a Vereação do PSD se tenha preocupado com quanto se gastava em mandatos anteriores.

O Executivo da Câmara Municipal do Funchal continuará a aceitar, como sempre, todas as críticas construtivas à sua actividade, mas não pode tolerar este tipo de ruído demagógico, sobretudo da parte de uma Oposição eleita que devia ser séria e, nunca é demais sublinhar, responsável”, termina a carta enviada aos órgãos de comunicação social,  procurando justificar a dureza desta sua tomada de posição.

 

 

 

Paços do Concelho, aos 18 de Fevereiro de 2016

 

O Executivo da Câmara Municipal do Funchal