Raimundo Quintal denuncia “jardim mais caro do mundo”

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O ecologista Raimundo Quintal continua a ser cáustico quanto ao novo cais de cruzeiros, que tantos milhões custou aos contribuintes e que se tem revelado de uma utilidade muito questionável.

Ainda hoje o conhecido geógrafo divulgou um texto nas redes sociais, no qual defende, ironicamente, que o jardim criado no antigo aterro de inertes resultantes do 20 de Fevereiro de 2010 deveria concorrer ao Guiness Book of World Records, como o mais caro do mundo.

“Hoje no porto do Funchal deveriam estar atracados 3 navios com turistas. Dois no velho cais sul, que lá estão. Um no novíssimo cais norte (batizado de cais 8), que mais uma vez ficou deserto”, constata Raimundo.

O ecologista constata que o comandante do navio “Rhapsody of the Seas”, com cerca de 2000 passageiros, não arriscou atracar no cais 8, nem fundeou ao largo. E, depois de algum tempo na baía do Funchal, rumou para o porto de Las Palmas.

“Segundo as doutas autoridades portuárias o novo cais, que custou 23 milhões de euros, não é um cais para acostagem de navios mas uma proteção para o jardim, que foi construído no aterro criado após a aluvião de 20 de Fevereiro de 2010.

Como o referido jardim foi construído no âmbito da ‘intervenção nos troços terminais das principais ribeiras do Funchal’, ninguém sabe exatamente quanto custou. Mas, não pecaremos por excesso, se estimarmos que custou uma mão cheia de milhões de euros.

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Ora o tal Jardim / Praça do Povo, protegido por um cais que não é cais, que está bonitinho, reúne condições excecionais para uma candidatura ao Guiness Book of Records, como o jardim mais caro do mundo por metro quadrado”.

“Jardim da Madeira para o Guiness já!”, exorta Raimundo Quintal.

(fotos: R. Quintal)