Edgar Silva e Jerónimo de Sousa criticam Cavaco Silva

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O presidente da República, Cavaco Silva, tornou-se um foco de “instabilidade” política, por estar “mais empenhado em defender os interesses estranhos e estrangeiros” do que os interesses nacionais. A acusação foi feita hoje por Edgar Silva, numa sessão que contou com a presença do secretário geral do PCP, Jerónimo de Sousa.

O candidato presidencial do PCP acusou Cavaco Silva de “parecer mais empenhado” em “salvaguardar o que ele pensa que pensam os mercados, o que ele pensa que mais satisfaz os agiotas e especuladores que tanto dominam e sugam o suor, o trabalho e a riqueza nacional”.

Para Edgar Silva, Cavaco devia apresentar-se como elemento pacificador, mas, pelo contrário, tem-se apresentado como factor de “desagregação, da conflitualidade e da grande incerteza face ao futuro coletivo”.

Edgar Silva acusou ainda o Presidente de desrespeito pelos outros órgãos de soberania, “desde logo pela Assembleia da República”, apontando que “é o primeiro a hostilizar, a menosprezar as maiorias que fazem na Assembleia da República, a secundarizar a vontade expressa pelos parlamentares”, sublinhando que, em democracia, “as maiorias que se formam no parlamento têm um papel soberano”.

Para Edgar Silva, Cavaco  “apresenta-se como um entrave, um fator de bloqueio a todas as possibilidade de concretização de um novo rumo para o país”.

O candidato apoiado pelo PCP denunciou ainda a corrupção que tem assolado o país.