Descubra como chegar à lagoa encantada no Paul da Serra

 

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Foto Micaela Martins

(Com Micaela Martins, texto e foto) /Se parar um momento para pensar, vai verificar que o stress que acumula durante a rotina diária é muito nefasto para si. Essa fadiga poderia ser combatida com uma cheiro a natureza e um retiro para longe do barulho e do corre-corre da cidade.

Sem grandes esforços, em meras três horas ou quatro, pode apreciar a beleza de uma das zonas mais emblemáticas da Madeira. No Paul da Serra, a levada do Pico da Urze leva-o por curvas e recantos mágicos, a acompanhar o curso da Ribeira do Lajeado.

Uma levada escavada na rocha, sem o tradicional “mainel” de betão, embora acompanhada por um pequeno tubo de plástico, guia-nos, desde o Lajeado, na estrada desativada que antes atravessava o Paul, até à Lagoa da D. Beja, lagoa sem par, com uma singela queda de água plena de águas cristalinas, cuja cadência é acompanhada pelo pipilar dos pássaros, sobretudo os atrevidos tentilhões.

Tendo chegado a uma curva em que a levada ganhou os tons cinzentos esbranquiçados do cimento, onde uma vereda larga, cortada entre as urzes, deriva à direita, devemos seguir por aí, até seguindo, novamente, a curva para a direita, descer por entre os pinheiros e arbustos que se antevêem até alcançarmos a levada do Alecrim. Seguindo-a contra a corrente, novamente para a direita, alcançamos o destino idílico que procurávamos… A lagoa encantada!

Depois de regozijar-se com esta paisagem e curar a alma das tensões acumuladas diariamente, quando for tempo de regressar, volte para trás pela Levada do Alecrim, até ao Rabaçal, seguindo este curso de água até ao final, ou optando pelo percurso da vinda. Seja por onde for, tenha em mente que não era apenas o destino que importava, mas o caminho… E saboreie todo o percurso e o ambiente que ele lhe oferece.