A voz dos estudantes: generosidade em Coimbra sem esperar nada em troca

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A estudante Maria Isabel Monte, em Coimbra.

O FN, de acordo com a pluralidade do seu projeto editorial, tem vindo a dar eco também da voz dos estudantes que ingressam no ensino superior, pois vivenciam experiências muito díspares que importa acompanhar.

Maria Isabel Monte é uma estudante madeirense em Coimbra, no primeiro ano do curso de Saúde Ambiental – Escola Superior de Tecnologia da Saúde, lutando entre a saudade e a integração num novo mundo também ele a provocar múltiplas sensações. Por ocasião da visita do pai à cidade do Mondego fez questão de dar ao seu testemunho ao FN de um ato ímpar de generosidade e solidariedade daquela população.

“No passado 29 de Outubro, aconteceu-me algo de muito surpreendente que me fez-acreditar que há pessoas de bom coração, capazes de agir em prol do bem dos outros sem esperar nada em troca. Sou caloira em Coimbra e sou natural de Ponta Delgada-Madeira. Nestes últimos dias, o meu pai veio cá passar uns dias a fim de me ajudar em alguns assuntos mais complicados passar alguns momentos a dois.

Num desses momentos, estávamos a regressar do supermercado, carregados com compras e sem mãos a medir para carregá-las; eis que ouvimos alguém perguntar se queríamos ajuda no transporte até ao nosso carro, desconhecendo, no entanto, a inexistência do mesmo.

Após alguma insistência do casal, eu e o meu pai, com alguma desconfiança, respondemos que não queríamos dar trabalho e, agradecendo, explicámos que procurávamos um táxi.

Por muito surreal que seja, este casal ofereceu-nos boleia até casa, mesmo sendo no sentido contrário ao trajeto dele, e apesar de ser uma grande distância..

Durante a curta viagem falámos, como se já nos conhecêssemos há anos. Deram-me apoio e mostraram disponibilidade no caso de eu precisar de algo, ao longo dos meus estudos em Coimbra.

Foi tudo tão estranho, mas concluímos que eram pessoas abertas, generosas e com um grande coração.

Termino por dizer, com grande felicidade e crença num futuro melhor que, pessoas como estas há poucas, mas que são um grande exemplo para a sociedade egoísta e narcisista que hoje em dia predomina. Tanto eu como o meu pai estamos muito agradecidos pelo sucedido e esperamos um dia retribuir esta grande ajuda que nos foi dada.

Afinal, vale sempre a pena acreditar num mundo melhor”.