Precariedade laboral divide esquerda e direita

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A precariedade laboral está na ordem do dia, na Assembleia Legislativa Regional, com os deputados dos diversos partidos a debaterem uma proposta do PCP que visa combater o que considera “um flagelo que mina os direitos democráticos” e afecta gravemente a vida pessoal e familiar dos trabalhadores e o tecido produtivo da Região. Para o PCP, é urgente combater o trabalho precário como em tempos se combateu o trabalho infantil, pois há anos que está situação se vem agravando, quer no sector privado, quer na administração pública.
Entre muitos outros aspectos discutidos, houve alertas de parlamentares para o facto de que a crise económica tem sido muitas vezes utilizada pelo empregador para explorar o trabalhador, como no caso da hotelaria, que tem atravessado um período favorável, mas que não se reflecte de forma positiva no trabalhador, apontou o independente Gil Canha.
Já Roberto Almada, do BE, insistiu em que é inaceitável que seja a própria administração pública a fomentar a precariedade laboral. “Há trabalhadores na administração pública em situação precária há anos”.
CDS e PSD mostram-se desfavoráveis à proposta da CDU, na medida em que consideram ser necessário agir a montante, com medidas concretas de incentivo à economia, para evitar a precariedade laboral, e não no fim da linha.