Novo cais com pouca proteção dificulta acostagem em dia de ventania

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Foto Rui Marote

O próximo navio a atracar no novo cais do Funchal é o “Balmoral”, de maiores dimensões relativamente ao “Minerva” que estreou a nova estrutura portuária. A chegada está prevista para o dia 17 de agosto.

Tal como o FN noticiou o navio “Minerva” foi o primeiro a fazer a acostagem ao novo cais, a 1 de agosto. Entretanto, apurámos que a aproximação esteve para abortar e o comandante debateu-se mesmo com dificuldades na acostagem. O vento que se fez sentir nessa manhã dificultou a manobra, tendo o comandante ameaçado mesmo não atracar. As amarrações foram reforçadas e ao longo do dia foi visível o balanço com o esticar dos cabos.

O “Minerva” esteve sempre de vigilância, tendo-se previsto um cenário B que seria a acostagem à Pontinha, caso a situação piorasse, o que não aconteceu.

Quem percebe de portos explica ao FN que o novo cais está desprotegido, fora mesmo da proteção da Pontinha. Daí que, face a qualquer vento é suficiente para dificultar a manobra de acostagem.

A APRAM pretendia que o navio Black Watch, que nos visitou na passada semana, utilizasse o novo cais, mas o mesmo acabou por atracar no molhe da Pontinha.
Espera-se que as condições atmosféricas favoreçam a operação de acostagem do próximo navio Balmoral. Esta operação dispensa a utilização do shutlle e as companhias ficam a ganhar uma vez que os passageiros desembarcam já no coração da cidade.
No entanto, como o maior afluxo de navios de cruzeiro acontece na época de inverno, a nova estrutura de acostagem pode vir a ser fortemente penalizada devido às más condições atmosféricas. Um assunto a merecer a reflexão da APRAM e dos agentes portuários.