Chegou a época de moer mentiras…

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Autoria: José Alves

Falar da cidade do Funchal é também evocar o espírito historicamente religioso do povo. Basta ver a estátua do Santo João Paulo II,da autoria do escultor António Augusto Lagoa Henriques (1995), erigida no adro da Sé, em memória da visita que o então Papa João Paulo II fez à Madeira.

Mas vem aí também uma outra solenidade de relevo, a Festa de Nossa Senhora do Monte que mobiliza a atenção de milhares de peregrinos numa fé genuína à Padroeira. Curiosamente, apesar do tempo estival, os políticos também costumam interromper os banhos e marcar presença neste ato sacro, embora os assuntos do trono devam ser sempre separados dos do altar. Ainda por cima quando a festa acontece a mês e meio das eleições nacionais, um calendário que incita à demagogia.

Por isso, o Estepilha respeita a devoção sincera do povo a Nossa Senhora do Monte e até acha que a Casa de Deus deve acolher todos sem exceções. Mas pede moderação aos políticos, lembrando as seguintes trovas: “Nossa Senhora do Monte tem um moinho de mão/ Para moer as mentiras/ dos políticos que lá vão…”