Programa de governo aprovado com a abstenção do CDS-PP e JPP

Albuquerque foi sujeito a crítica (foto Rui Marote)
Albuquerque fechou a discussão com algumas promessas. Foto Rui Marote

O programa de governo foi aprovado hoje na Assembleia Legislativa da Madeira, na forma de uma moção de confiança, com os votos a favor da bancada do PSD, as abstenções do CDS-PP e JPP e os votos contra do PS, PCP, BE e PTP.

Foi uma sessão sem surpresas, pautada pelo bom clima democrático instaurado pelo atual governo que assistiu a todos os trabalhos ao longo de quase três dias. Uma viragem clara num ciclo de sessões parlamentares passado, marcado pelos insultos mútuos, nomeadamente das famigeradas bocas de Jardim e no discurso habitualmente truculento do ex-líder parlamentar, Jaime Ramos. O filho Jaime Filipe Ramos, que o sucedeu na liderança parlamentar, já adotou uma postura mais sóbria e de diálogo com as forças da oposição.

A oposição assumiu-se como simpatizante das políticas previstas pelo governo de Albuquerque mas vai para casa com inquitações, nomeadamente o facto de haver muita promessa por clarificar na forma e nos meios de concretização. É disso exemplo, a consensual construção do novo hospital do Funchal, tendo o líder da bancada socialista, Carlos Pereira, insistido em saber onde vai o governo buscar financiamento para tão arrojada e dispendiosa obra. Da parte do governo, notou-se uma vontade tremenda de encontrar consensos, mas nada de concreto em termos de se saber de onde virá o dinheiro para os projetos de grande vulto, como seja a construção do hospital.