Aterro na frente mar é mau cartaz para a Ribeira Brava

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Os novos acessos rodoviários desviaram a afluência de visitantes para os lados da Calheta e de São Vicente, sem passar pelo centro da Ribeira Brava. Só este factor ditou uma quebra significativa no comércio da baixa.

Mas não só. A somar aos novos acessos do betão e dos túneis, o temporal do 20 de fevereiro de 2010, que castigou duramente a Serra de Água, obrigou ao depósito de inertes na frente marítima, sem destino a curto prazo. Um cartaz nada abonatório para um espaço inquestionavelmente aprazível.

Como se não bastasse, a marginal entre a Tabua e a Ribeira Brava, está encerrada há vários anos, fruto da queda de pedras da encosta.

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Num destes dias, o Funchal Notícias passou pela Ribeira Brava e pôde constatar o esforço dos comerciantes para atrair os visitantes para o café da praxe. As esplanadas estavam com uma movimentação razoável. No entanto, a frente mar não ajuda os pequenos empresários que lutam pela sobrevivência. O depósito de inertes afuguenta os visitantes, assemelhando-se a um improvisado estaleiro nada abonatório para a imagem da baixa.

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O verão está à porta. Passear no fim de semana pela zona oeste é um hábito de alguns madeirenses e de muito turismo. Fica em dúvida em saber até quando continuará este aterro a poluir a frente mar e a causar estragos na imagem do concelho.

Longe vão os tempos em que o próprio presidente do governo regional, numa das suas típicas inaugurações, afirmou que a frente mar da Ribeira Brava não fica atrás da paradisíaca Côte d’Azur.