Pré-campanha veste as ruas de cartazes

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Os cartazes dos vários partidos, sobretudo do chamado arco do poder, já tomaram conta das ruas da cidade do Funchal. Em cada esquina, é cruzar-se com Vítor Freitas no compromisso com a verdade ou então com José Manuel Rodrigues a querer falar verdade aos madeirenses ou ainda com Miguel Albuquerque a mostrar uma equipa de PPd’s renovada rumo à vitória de 29 de março. Os restantes partidos, desde o BE à CDU, mostram os seus projetos, apontam o dedo aos vícios da legislatura que termina e há ainda outros que, legitimados pelo Tribunal Constitucional, são caloiros e estão no modo de afinar os motores para a maratona da campanha eleitoral. Eles são Botas, Meias e tantos outros ilustres desconhecidos do eleitorado que querem dar uma lição de cidadania aos madeirenses.

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O ritual repete-se em todas as eleições. As principais ruas das cidade são decoradas com os rostos dos líderes, em grande plano, das candidaturas ao escrutínio que se segue. Outros cartazes com a equipa toda e frases sonantes a lembrar aos cidadãos que este ou aquela candidata é que fazem a diferença. Com mais ou menos austeridade financeira, a música é sempre a mesma: cartazes e mais cartazes a colorir a cidade turística. Curiosamente, os partidos até tentam reduzir a poluição visual com menos este ou aquele cartaz. Mas parece-lhes que a mensagem não passa tão bem como a imagem a toda a largura de uma candidatura que quer ter mais destaque do que as outras.
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 Este ano, as eleições primam desde já pela abundância de candidaturas, fruto da democracia participativa. São 17 partidos a concorrer e já se vê que muito papel vai circular pelo arquipélago, animando os ânimos das gráficas e empresas que se sustentam do design.
Os diretores de campanha – alguns com reciclagem feia recentemente junto de experts das agências de comunicação e do marketing, dizem normalmente que os políticos vão dar primazia aos apertos de mão e aos contactos diretos com o povo. Mas, ainda que seja verdade, na época da imagem, ninguém consegue dispensar os sempre bem vistosos cartazes. Não primam pela novidade ou criatividade,  mas de ato eleitoral em ato eleitoral de que Portugal é pródigo, não há já margem para muita inovação, apesar das assessorias bem remuneradas.
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A 29 de março, todos são chamados a votar. Os eleitores aguardam pelas propostas de todos e pelos debates de ideias com todos. Nesta fase pré-eleitoral, as mensagens já voam nas ruas. Mais adiante, rodam os cartazes num “refresh” mais incisivo para marcar a campanha eleitoral. Seria bom tentar inovar.