“O CAB é um clube com muito crédito”

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Fabíola de Sousa

A afirmação é da atleta Kristen Mann, a mais recente aquisição do CAB/Madeira, para a equipa feminina sénior, que em entrevista ao Funchal Notícias elogiou o clube pelo qual vai jogar até ao fim da época, salientando, que apesar de ser um clube de uma ilha “o CAB tem muito crédito e tem de ser mais reconhecido pelo seu valor. Se não fosse um clube tão bom eu não vinha”.
A atleta norte-americana é uma das jogadoras de basquete mais conhecidas internacionalmente, já jogou na Liga Profissional de Basquete Feminino dos Estados Unidos (WNBA), e em vários campeonatos europeus. A sua última equipa foi o Toulouse e garantiu ao Funchal Notícias que não hesitou em aceitar o convite do CAB pois quer ajudar o clube a vencer o Campeonato e a Taça de Portugal.
Funchal Notícias – O que leva uma jogadora internacionalmente reconhecida ao nível do basquetebol a “deixar tudo” e vir jogar para clube de uma pequena ilha no meio do atlântico?
Kristen Mann –O CAB é um clube com muito crédito e tem de ser mais reconhecido pelo seu valor. Se não fosse um clube tão bom eu não vinha. Para além disso vou jogar até ao fim do campeonato, cerca de dois meses e meio, e quero ajudar esta equipa a ganhar tudo, o campeonato e a Taça de Portugal. O CAB é uma equipa que até agora não tem derrotas por isso é uma enorme responsabilidade para mim ajudar esta equipa a vencer tudo.
O mais importante para mim é jogar basquete e jogo em qualquer sítio do mundo desde que me sinta bem. Se for um lugar onde me sinta bem e acarinhada, caso da Madeira, basquete é basquete e ponto final. O fundamental é jogar, não importa a dimensão do clube.

FN – Foi convidada a jogar pelo CAB e não hesitou. Quanto tempo pretende ficar na Madeira?
KM – Foi com muita honra que aceitei o convite do CAB, vou ficar na Madeira durante dois meses e meio até ao fim do campeonato e o meu objectivo aqui é ajudar a equipa a ganhar. Sei o mérito deste clube.

FN – Vem substituir a Julie Forster?
KM – Considero que não há substitutos a Julie Forster é uma grande jogadora, ela teve uma lesão e foi obrigada a parar. Eu vim ajudar o CAB mas tenho plena consciência que não há pessoas iguais e eu vou ajudar a equipa e fazer o meu melhor. O importante é o trabalho que há para fazer como o CAB que até agora já ganhou tudo e pretendo contribuir para que vença os dois troféus que ainda estão para conquistar.

FN – Considera que é um grande reforço para as “Amigas do Basquete”?
KM – Como em tudo o que faço vou dar o meu melhor. A principal razão pela qual estou na Madeira é o basquete e quero dar tudo o que tenho para ajudar o clube. O CAB não é um clube assim tão fraco como às vezes pode parecer por ser um clube de uma ilha. Reconheço o CAB como um bom clube para eu continuar a fazer o meu trabalho.

FN- O que espera da Madeira?
KM – Com este clima só espero coisas boas. Quero aproveitar ao máximo o tempo aqui para conhecer o clube, a cultura, a natureza e as pessoas da ilha.

FN – Para quem já jogou na Letónia onde as temperaturas rondam os 30 graus negativos a Madeira é um paraíso?
KM – Sem dúvida. Estive dois anos na Letónia jogava numa equipa muito mais modesta que o CAB/Madeira e com um clima que não ajudava muito mas é como já disse no basquetebol o mais importante é jogar seja no sítio que for.

FN – Tem um grande curriculum como jogadora de basquetebol. Qual foi o último clube que jogou?
KM – O meu último clube foi o Toulouse Metropole Basket da Liga Francesa na época 2013/2014. Já joguei na selecção dos Estados Unidos, em várias equipas da WNBA, já joguei em Espanha, na Turquia, na França, na Lituânia e agora vou jogar na Madeira porque o mais importante é jogar basquetebol.

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