Albuquerque disponível para dialogar com partidos no quadro parlamentar

foto RTP

Miguel Albuquerque veio hoje mostrar-se disposto a formar entendimentos com “qualquer partido com assento parlamentar”, apelando à “responsabilidade” e sentido de estado das forças políticas, mas deixando bem claro que esta é uma vitória clara e inequívoca do PSD, e um triunfo sobre o PS, que se queria apresentar como alternativa.

“Agradeço calorosamente a confiança depositada no nosso partido pela população da RAM. Muito obrigado aos madeirenses e porto-santenses”, começou por dizer o candidato, na sede do seu partido. O PS ficou a mais de vinte mil votos de distância, e com uma diferença de oito mandatos, constatou. Por outro lado, a esquerda “foi copiosamente derrotada”. Isto porque, para além dos maus resultados socialistas, o BE e o PCP deixaram de fazer parte do parlamento regional.

A campanha, declarou, foi muito dura, e sobre ele próprio pesou, admitiu, o “estigma” de ser arguido num processo por alegada corrupção. Agradeceu o apoio de simpatizantes e apoiantes nesta luta política, na qual “eu pessoalmente e a minha família, fui atacado muitas vezes de forma abjecta e soez”.

O PSD-Madeira, porém, venceu em 45 das 54 freguesias, e em 9 dos 11 concelhos. Para Albuquerque, isto prova que a maioria dos madeirenses e porto-santenses continuam a acreditar na “obra” social-democrata e a pensar que quem deve governar é o PSD, e é “com esse sentido de responsabilidade que o vamos fazer”.

Ao fim de 48 anos, obter estes resultados, disse, com um “desgaste” que considerou mínimo, é sinal que “governamos bem e em prol da res publica (…)”

“Estamos disponíveis para encetar aquilo que a população precisa, que é um governo com estabilidade, que aprove o orçamento e o programa de governo até ao mês de Julho”, enfatizou.

Quanto aos partidos que disseram “não é não” a governar com Albuquerque, alguns deles desapareceram, criticou. Quanto ao Chega, “esperava subir exponencialmente na Madeira, mas isso não aconteceu”.