JPP aponta: empresa do teleférico ganha 306 milhões, Governo apenas 1,4 milhões…

 

O líder do JPP, Élvio Sousa, veio hoje a terreiro divulgar o estudo de viabilidade económica do tão polémico teleférico do Curral das Freiras. E revela alguns números notáveis: o estudo, “muito conservador diga-se”, refere-se uma receita de 5,1 milhões de euros anuais.

Ora, o estudo, muito conservador diga-se, refere-se uma receita de 5,1 milhões de euros anuais. Este valor vezes 60 anos, o período de concessão, são 306 milhões de euros, pelas contas do JPP. “O Governo Regional da Madeira, que garantiu a expropriação de mais de 20 mil metros de terreno ao privado, recebe apenas 1,6% das receitas. Muito pouco para tanta receita!”, constata o partido.

A documentação relativa ao investimento da Inspire Capital Atlantic, criada há três anos, referente ao teleférico do Curral das Freiras, será disponibilizada para consulta no Portal da Transparência, no site do JPP.

“Trazer a público todas as peças documentais que sustentam o investimento do polémico Teleférico do Curral das Freiras é dar continuidade à política de escrutínio da coisa pública que tem sido marca do JPP”, diz o partido.

O investimento do Teleférico do Curral das Freiras é sustentado financeiramente pelo respectivo Estudo de Viabilidade Económico-Financeira que agora poderá ser consultado em: https://juntospelopovo.pt/processo-teleferico-do-telefericocurralfreirascurral-das-freiras/

“Recorde-se que esta é uma concessão a 50 anos com mais 10 de opção, que renderá ao Governo Regional, ao final deste período, um ridículo montante de 1,4 milhões de euros”, aponta o “Juntos pelo Povo”.

Élvio Sousa considera ser essencial o escrutínio público deste tipo de investimentos, que a exemplo de outros, “como sejam as concessões públicas do estacionamento do Hospital do Funchal ou da “borla” dos Portos que vigorou por mais de 30 anos, são exemplos de negócios que lesam as finanças públicas em beneficio do interesse de uma grande empresa privada”.

Finalmente, o estudo de viabilidade não esclarece detalhadamente e de forma legível, a empresa ou técnico que o elaborou, nem tão pouco a sua qualificação profissional, assinala Élvio Sousa.