IL propõe várias medidas para melhorar atendimento na Saúde

A Comissão Coordenadora da Iniciativa Liberal da Madeira, refere, em comunicado, que “em meados do mês ficámos a saber que, entre Janeiro e Outubro, saíram das listas de espera 9.385 madeirenses, por verem o acto que esperavam ter sido atendido. São, sem qualquer dúvida, boas notícias”.

Porém, dizem os liberais, tudo tem uma face negra, e “houve 413 dos nossos que saíram das listas porque desistiram, já não reúnem os critérios ou porque faleceram”.

No entanto, 18.384 utentes aguardavam por uma cirurgia, sendo que o número é superior ao do ano passado.

” A análise dos números, que só por coincidência saíram no dia em que o Sr. Secretário da tutela defendia no Parlamento Regional o Programa de Governo, diz-nos que continua tudo praticamente na mesma, ou pior. Por mais que se manuseiem os dados. Quase 118 mil actos médicos em lista de espera”, lamenta a IL.

O partido afirma que não se cansará de defender quem tão destratado é. “A quantidade de madeirenses à espera de serem atendidos, seja em consultas, seja em cirurgias, seja em exames de diagnóstico, é um sintoma de que o nosso Serviço Regional de Saúde precisa de tratamento”.

Os liberais entendem ser necessária uma Gestão Eficiente de Recursos: implementar um sistema de gestão que acompanhe de perto a utilização de recursos, ajustando escalas de serviço conforme as necessidades. “Incluímos aqui a optimização do uso de salas de cirurgia, das camas hospitalares e restantes equipamentos médicos disponíveis”, propõem.

Os liberais preconizam  ainda aquilo a que chamam de “Agendamento Inteligente: Adoptar sistemas de agendamento de actos médicos que levem em consideração a capacidade operacional, priorizando os casos mais urgentes. Isto evita aglomerações e garante uma distribuição equitativa dos pacientes numa fita de tempo”.

São ainda necessárias Parcerias com o Sector Privado: Estabelecer acordos colaborativos com instituições de saúde privadas, de modo a utilizar os seus recursos. Inclui-se aqui acordos para a transferência de actos médicos e protocolos claros para garantir uma cooperação eficaz; Telemedicina: Introduzir a telemedicina para consultas não presenciais, triagem inicial e acompanhamento remoto. Esta abordagem não apenas reduz as listas de espera, mas também proporciona maior acessibilidade aos serviços de saúde; Redução de “Não Comparecimentos”: Implementar lembretes automatizados de consultas, oferecer opções flexíveis de remarcação e comunicar de forma clara a importância da presença nas consultas para minimizar não comparecimentos e optimizar o uso dos horários disponíveis;

A IL entende ainda ser necessária Capacitação: Investir na formação contínua das equipas de saúde, enfatizando a eficiência de processos, a comunicação eficaz e o trabalho colaborativo, como forma de agilizar atendimentos; Avaliação Contínua de Desempenho: Realizar análises regulares que permitam identificar afunilamentos e oportunidades de melhoria do sistema. A implementação de recolha de dados e acções corretivas contribuem para um ambiente desaúde mais eficiente; e Investimento em Tecnologia: Adoptar sistemas de informações integrados que permitam o compartilhamento eficiente de dados entre diferentes áreas da saúde. Isso reduz a duplicação de esforços, minimiza erros e agiliza o atendimento ao paciente, enunciam os liberais.