JPP diz que Albuquerque “não quer sujar os sapatos” a ir falar com os agricultores

O JPP foi hoje a Câmara de Lobos, para contactos com agricultores que se queixaram dos “baixos rendimentos e das dificuldades pelas quais passa o sector”.

“Sempre estivemos do lado dos agricultores e temos lutado para que os seus direitos sejam salvaguardados”, referiu o cabeça de lista do JPP.

No caso dos produtores de banana, “produto que é um ex-libris da Região”, Élvio Sousa criticou duramente as políticas deste Governo de Coligação que, garantiu, “não vem ao terreno falar com os agricultores, não vem conhecer as dificuldades pela qual estão a passar estas famílias”.

“Parece que o Presidente de Governo, também candidato pelo PSD, tem medo de sujar os sapatinhos de verniz constatar a pobreza e a falta de rendimento que existe no meio”, acusou.

O JPP diz que, ainda esta semana, denunciou “os enormes prejuízos que os bananicultores têm com a banana que fica em cima da terra, a apodrecer, durante 5, 6, 7 e até 9 semanas, à espera da GESBA”.

“Finalmente, veio agora a empresa pública prometer que irá cobrir todos os prejuízos dos agricultores: só vendo!”, declarou.

A esta situação junta-se o facto de “hoje, os produtores de banana receberem 35 cêntimos por quilo de banana quando, há 15 anos, recebiam 60 cêntimos. Mas hoje, aumentaram os custos de produção: fertilizantes e adubos mais caros, mão-de-obra mais cara, quer dizer, como podem os agricultores sobreviver?”, interrogou-se Élvio Sousa.

O “Juntos pelo Povo preconiza “a solução passa por emagrecer os custos de funcionamento da GESBA, cortando nas gorduras, e pagar de forma justa, o quilo de banana que não deveria ser inferior a 1 euro por quilograma”, destacou Élvio Sousa, “aliás, como é compromisso do JPP no seu programa de Governo”, deixando um apelo a Miguel Albuquerque: “devolva os 3,5 milhões do Museu da Banana, no Lugar de Baixo, construídos com o dinheiro destes senhores que produzem a banana, devolvam esse dinheiro porque eles sim, estão a precisar!”.

“Não podemos aceitar um Governo que compactua com o monopólio de uma empresa pública, que recebe 18 milhões da venda da banana, gasta 12 milhões e só distribui pelos agricultores, 6 milhões: em vez da GESBA trabalhar para o propósito para o qual foi criada, incentiva o empobrecimento dos agricultores, situação que é, no mínimo, inaceitável”, destacou.

“Nenhum Governo que se preza pode deixar uma empresa que, ainda por cima é pública, “rapinar” o rendimento destes produtores. Temos de valorizar o setor e isso passa por valorizar os agricultores e “emagrecer” custos desnecessários que desvirtuam o propósito para o qual a GESBA foi criada”, concluiu Élvio Sousa.


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