A Conferência “Portugal e o Mar – A Engenharia Azul”, a decorrer no Funchal, numa organização da Ordem dos Engenheiros, foi esta manhã enaltecida pelo presidente da República como um momento oportuno, atual e premente na agenda do desenvolvimento sustentável dos oceanos, na medida em que está alinhada com as preocupações das Nações Unidas, da União Europeia, da estratégia nacional para a economia azul e do próprio Chefe de Estado, refere um comunicado.
Marcelo Rebelo de Sousa, na mensagem apresentada em vídeo, durante a cerimónia de abertura do evento, realçou a importância do contributo da engenharia nacional na realização de um desígnio e prioridade nacionais, assentes na valorização e conservação dos recursos marinhos, bem como do oceano enquanto espaço de desenvolvimento sustentável comum.
“A UNESCO tem vindo a destacar o papel importante da engenharia no desenvolvimento económico, na inovação e na ciência, considerando-a essencial para o avançar da Agenda 2030”, sublinhou, expressando a sua confiança nas conclusões da conferência como contributos importantes no âmbito do crescimento da economia e da engenharia azul, já que a aposta nos oceanos passa por um trabalho constante e multidisciplinar.
Para o Chefe de Estado, a conferência, que conta com o Alto Patrocínio da Presidência da República, responde à necessidade de envolver a sociedade globalmente, incluindo o cidadão comum, na compreensão da importância e impacto dos oceanos em matérias como as alterações climáticas, as cadeias de alimentação, sistemas de transporte, energia, emprego, turismo e meios de subsistências de comunidades locais. Para Marcelo Rebelo de Sousa, é urgente que Portugal, já com Estratégia Nacional para a Economia Azul, consolide políticas públicas e promova o envolvimento das forças políticas, da comunidade científica, empresas, associações, comunicação social e populações, de forma a fazer chegar essa aposta ao cidadão comum. “Caso contrário, significa continuar a adiar o nosso futuro”, avisou.
Destacando algumas iniciativas e projetos já realizados nos últimos anos no âmbito dos oceanos, o Presidente da República reiterou a importância de Portugal reforçar posição de liderança em dossiês de impacto global, como a ratificação do Tratado de Alto Mar, alcançado em 2022, durante a conferência das Nações Unidas, realizada em Lisboa, sobre os oceanos, um processo que o Presidente espera ver concluído até ao final deste ano. Como Patrono da Aliança para a Década das Ciências do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável, Marcelo Rebelo de Sousa espera também ver valorizada a posição do país enquanto plataforma entre oceanos, continentes, culturas e civilizações, num trabalho de parceria com a UNESCO, através de projetos ligados ao Atlântico de cariz científico, de alto potencial para o conhecimento do mar português.
O Chefe de Estado deixou ainda palavras de agradecimento e incentivo aos organizadores e participantes, realçando que a aposta que a Madeira nas políticas relacionadas com o mar têm impacto em termos nacionais e universais.
