MPT critica empresários que acusam as pessoas de não quererem trabalhar

O JPP veio criticar os empresários que acusam os cidadãos de não quererem trabalhar. “O fim do ser humano não é trabalhar. O ser humano deve ter relações significativas e experiências distintas que lhe permitam saudavelmente atingir o seu potencial”, defende o MPT.

“Deve ter saúde mental, definida pela OMS como “um bem estar no qual o indivíduo desenvolve suas habilidades pessoais, consegue lidar com os stresses da vida, trabalha de forma produtiva e encontra-se apto a dar sua contribuição para sua comunidade”. Quantos de nós têm recursos (tempo e dinheiro) para se desenvolver?”, questiona o partido.

“Quantos de nós podem nesta terra contribuir para a Sociedade sem receio de perseguições? Sem querer menorizar o trabalho meritório dos voluntários (alguns pagos outros não) nas imensas associações existentes na Região, consideramos que eles aliviam os sintomas das enfermidades da Sociedade, sendo que estas moléstias são devido a políticas erradas, pelo que sistematicamente apelamos à participação política como meio de contribuir para a comunidade”.

Os empresários devem perceber, diz o partido, que trabalhar é um meio de obter de recursos para sobreviver e viver. “Infelizmente, aqui na Região, para a esmagadora maioria dos trabalhadores os ordenados só dão para sobreviver. Volta-se a relembrar que 57% da população regional “Sem capacidade para pagar uma semana de férias, por ano, fora de casa, suportando a despesa de alojamento e viagem para todos os membros do agregado”, e 14.3% da população regional “Sem possibilidade de encontro com amigos/familiares para uma bebida/refeição pelo menos uma vez por mês”.

Urge alterar esta situação, defende o MPT, que sugere políticas para aumentar o rendimento disponível dos cidadãos (desonerando-os, tais como transportes públicos gratuitos, cantinas sociais, dormitórios), e políticas para aumentar os salários (tais como o aumentar o salário mínimo regional e os aumentos na função pública serem no mínimo iguais aos do salário mínimo, na esperança que os empresários sigam o exemplo).

Estas duas políticas são paliativos da pobreza generalizada. Para resolver esta situação é necessária uma mudança profunda na economia regional, para a qual é necessário tempo. O MPT já propôs a seu tempo um pacote de medidas para o Desenvolvimento Sustentável da Região.