PS-M considera “vergonhoso” acréscimo insignificante do GR ao salário mínimo nacional

Os socialistas madeirenses vieram a público denunciar a política de baixos salários, num ano de receita fiscal recorde superior a mil milhões de euros.

O líder parlamentar do PS, Rui Caetano, considerou “vergonhoso” o acréscimo insignificante ao salário mínimo nacional de 3,2%, ontem anunciado pelo Governo Regional.

Numa conferência de imprensa no Funchal, Rui Caetano frisou que o cabaz básico alimentar sofreu um aumento na ordem dos 20% devido à inflação. A isto junta-se a maior receita fiscal de sempre, na ordem dos mil milhões de euros.

O PS-Madeira apresentou uma proposta de alteração ao orçamento para estabelecer o salário mínimo na Madeira nos 817€. Mas essa proposta foi rejeitada pelas bancadas que suportam o Governo Regional.

“O Governo Regional vai ao bolso dos madeirenses e das empresas buscar mil milhões de euros e o modelo de desenvolvimento que implementa é um modelo de salários baixos e de baixo poder de compra, que não tem em vista o desenvolvimento sustentável da nossa sociedade”, acusou Caetano.

Para o líder parlamentar socialista, é fundamental aumentar os salários intermédios para aumentar o poder de compra dos madeirenses, de modo a garantir condições para uma classe média que cada vez mais tem dificuldades em cumprir com as suas responsabilidades financeiras.

O salário mínimo nacional aumentou de 505€ para 760€, desde 2015, com o PS no governo na República, um aumento de 255€ em oito anos. Os socialistas dizem que é graças ao PS que o salário mínimo na Madeira e Porto Santo tem aumentado “consideravelmente”, com o executivo regional a comprometer-se apenas com um acréscimo de 25€ para 2023.