Associação de pastores denuncia actuação da Polícia Florestal

foto arquivo

A “Associação Agro-Ecológica e Silvo-Pastoril da RAM” veio, num comunicado às Redacções, acusar a Polícia Florestal de invadir propriedade privada e “sub-repticiamente pilhar sete cabeças de gado ovino num curral, devidamente cercado, na Freguesia do Curral das Freiras”.

“Uma vez mais o abuso e total desrespeito pela Lei por parte da Polícia Florestal da Secretaria do Ambiente”, lamenta a dita agremiação,

“Sem mandato judicial e sem procurar notificar os legítimos proprietários, mesmo que fosse por edital. A falta de liderança e critério dos dirigentes daquela polícia auxiliar do instituto das Florestas, IFCN, atua como se fosse dona e senhoria das serras da Madeira. Que lamentável atitude e método de defender a nossa floresta e as atividades silvicultoras do nosso arquipélago”, prossegue a queixa.

“Esta associação preconiza, face a este incapacitado comando e a sua evidente falta de rigor e qualidade operacional, que este corpo policial seja integrado, tal qual como no território continental, no corpo policial da GNR Guarda Nacional Republicana, (SEPNA). A actividade deste corpo policial auxiliar, está operacionalmente e legalmente condicionada pela extinção da antiga Direcção Regional de Florestas, pois muitas, se não mesmo as mais importantes competências, não foram transferidas para o quadro de funções e obrigações do Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza. Com a integração nos serviços SEPNA, Serviços de Protecção da Natureza e do Ambiente, autêntica e legitima Polícia Ambiental Portuguesa, corrigir-se-iam todas estes desmandos e ilegalidades”, considera a associação.

“Os métodos e a postura pública de um corpo auxiliar de polícia de um instituto são no mínimo irregulares e desniveladas com as regras de um estado democrático onde os valores e princípios de respeito pelo cidadão e sua propriedade são defendidos constitucionalmente”, conclui o comunicado.