Morreu hoje, aos 91 anos, Mikhail Gorbachev, último líder soviético e secretário do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). A notícia foi avançada pela agência russa de notícias, TASS, citando uma fonte de uma clínica moscovita.

Gorbachev, responsável pelo desanuviamento das relações com o Ocidente, causada pela “Perestroika” e pela “Glasnost”, políticas de abertura, acabou ultrapassado pelas suas próprias intenções: a História em marcha acabaria por determinar a queda do Muro de Berlim, a reunificação da Alemanha e o fim do “império” soviético.

O gabinete de Gorbachev tinha dito que o ex-chefe de Estado estava em tratamento no hospital.

O Ocidente deixou-lhe promessas de que a NATO não se expandiria, mais tarde, para Leste. No entanto, não respeitou o acordo. Hoje, Gorbachov morre quando decorre uma guerra na Ucrânia que, sejam quais sejam os juízos que se façam sobre a agressão russa, é indissociável dessa mesma expansão militar do Ocidente para os países que antigamente faziam parte da URSS.