A CDU deslocou-se, hoje, à Camacha, onde se situa o espaço em que esteve instalada a “Fábrica das Moscas” ou a “Biofábrica”, «um dos projetos em que os milhões de euros esbanjados pelo Governo Regional da Madeira resultaram num dos “escangalhanços do regime”.»

Como referiu Edgar Silva, «esta iniciativa regional da CDU aponta um dos lugares do mapa do desperdício de dinheiros públicos. Os milhões de euros desviados de fundos da União Europeia ou usurpados ao Orçamento Regional resultaram nesta monumental fraude política: os governantes apropriaram-se de avultadas verbas para uma finalidade de interesse público, rapidamente negada pelo fiasco que aqui está. Portanto, a “Fábrica das Moscas” é um incontornável lugar desse mapa dos “escangalhanços do regime”».

De acordo com Edgar Silva, «aquela “Biofábrica” foi propagandeada pelos governantes como uma iniciativa de vanguarda, no que constituía um projeto pioneiro na Europa destinado à criação e exportação de moscas artificiais do Mediterrâneo. Tratava-se de uma obra destinada à criação de moscas estéreis, utilizadas no combate à praga da mosca da fruta da Madeira e que faria da Madeira um polo de exportação para outros países atingidos por aquele flagelo. O projeto decorreu entre 2005 e 2011, altura em que o Governo Regional da Madeira decidiu encerrar aquele projeto. E com a mesma leviandade que muito prometeu, o Governo Regional tudo destruiu, tudo escangalhou».

Para a CDU «este mapa dos escangalhanços não é feito de projetos do passado. Tal como aconteceu como a dita inovação e com as alegadas vantagens da Fábrica das Moscas para a Região, a mesma linha de “escangalhanços” prolonga-se no tempo através da ação do atual Governo Regional. Basta lembrar os projetos, ainda recentemente apresentados, que vão desde um tresloucado sistema de teleféricos para o Curral das Freira/Jardim da Serra, até às maravilhas que são prometidas por este governo quando anuncia querer fazer da Madeira o “oásis para bitcoin” ou o “paraíso das criptomoedas”. É a mesma lógica de escangalhanço, é precisamente a mesma leviandade no uso do Orçamento Regional, é a mesma forma de muito prometer e muito escangalhar».