Santa Cruz contrai empréstimo de 2.5 milhões

A Câmara Municipal de Santa Cruz aprovou um empréstimo, com recurso à banca, perante o que classificou como “uma infeliz oposição”. O edil, Filipe Sousa, diz que o que irrita os seus opositores “é termos capacidade para recorrer à Banca e continuarmos o investimento em todas as freguesias do concelho”.

O autarca, numa reunião em que  a maioria JPP  e o PS aprovaram a proposta de empréstimo de 2,5 milhões, com o PSD a votar contra, lembrou que o serviço da dívida é de 1,8 milhões e o do PAEL é de 1,2 milhões e este termina em 2025.

“Isto não é comprometer o futuro,  é aproveitar os mecanismos que temos e finalmente olhar para investimentos que durante anos estiveram ausentes deste concelho”, salientou.

Filipe Sousa frisou que longe vão os tempos da dívida descontrolada com os bancos a ameaçarem executar o Município. Tempos em que nem dinheiro havia para “comprar um parafuso ou papel higiénico”.

E além de um endividamento sustentado e responsável, há ainda um saldo de gerência de 3,8 milhões de euros que vai reforçar o Orçamento para este ano.

O  autarca salientou, também, que esta evolução financeira positiva não sobrecarregou as famílias do concelho, como defendia o PSD em 2013,  e permite, por isso, olhar com ambição para os próximos anos em termos de investimento. Investimento esse, refere o executivo, que continuará a privilegiar os eixos essenciais de desenvolvimento: a coesão territorial, a coesão social, a sustentabilidade ambiental e a Marca Santa Cruz.

“Felizmente, temos poder de endividamento, não temos  credores  à porta”, congratula-se Filipe Sousa. “Estamos a deixar um legado para o futuro, uma capacidade de endividamento invejável para qualquer autarquia  do país”.

O presidente da CMSC recordou,  a propósito,  que em 2013,  quando o PSD perdeu a câmara, havia um rácio negativo de 13 milhões na capacidade de endividamento, e hoje há um rácio positivo de 16 milhões de euros.

“Enquanto tudo isto era conquistado, a oposição, nomeadamente o PSD, “tudo fez para obstacularizar a recuperação financeira do Município, instrumentalizando empresários e entidades públicas para executarem a Câmara de Santa Cruz”, critica o executivo. Só a dívida do PSD à ARM era de cinco milhões de euros, o que já foi pago pela actual vereação.

A Coligação Cumprir Santa Cruz ficou isolada nas críticas ao empréstimo, com Paulo Alves, do JPP,  a considerar que votar contra este empréstimo é votar contra a melhoria de vida dos santacruzenses e do concelho.

O deputado municipal António Alves, do PS, chegou mesmo a apelar à Coligação Cumprir Santa Cruz para cumprir o seu papel e lutar pelos interesses dos santacruzenses, defendendo o regresso dos contratos-programa com Santa Cruz, o que permitiria não recorrer tanto  ao endividamento.

Entretanto, na reunião da  Assembleia Municipal foram ainda aprovados um Voto de Pesar pelo falecimento de Lourdes de Castro, um Voto de Pesar pelo falecimento do professor Manuel Vieira, um Voto de louvor para o engenho Reizinho, e um Voto de Repúdio pela invasão da Ucrânia e de solidariedade para com o povo ucraniano.

Foi também aprovado um Voto de Louvor e Congratulação aos bombeiros Sapadores de Santa Cruz pelo seu 90º aniversário.