CDU denuncia “negócio da doença” e defende o direito à saúde

A candidatura da CDU às eleições legislativas pelo Círculo da Madeira desenvolveu uma iniciativa junto ao Hospital Nélio Mendonça, onde a porta-voz e cabeça de lista a estas eleições, Herlanda Amado, lembrou “o papel fundamental do serviço público de saúde”.

“No plano da nossa intervenção institucional fomos sempre apresentando propostas que fossem ao encontro das preocupações e necessidades dos utentes e dos profissionais do serviço público de saúde, sendo exemplo já no terreno com a construção do novo Hospital, a luta determinada e de há muitos anos, para a necessidade de garantir uma infraestrutura que desse resposta às reais necessidades das populações, sem nunca esquecer o papel fundamental que o Estado tem em garantir o tratamento igual a todos os portugueses, mesmo sendo o serviço de saúde na Madeira regionalizado”, declarou.

“Não é concebível que milhares portugueses sejam “empurrados” para os privados na área da saúde para garantir lucros a quem faz da doença um negócio, mas infelizmente a Região não é diferente e muitos são os madeirenses e portossantenses, que deveriam de ter acesso ao serviço público de saúde, e continuam a ser “enxutados” para o sector privado da saúde , sendo o exemplo mais recente o bloco operatório deste Hospital que encerrou antecipadamente, fazendo com que muitos dos utentes que fazem parte de uma imensa lista de espera, seja “aconselhados” a recorrer ao privado, visto que o bloco entrará em obras. E aqui é necessário recordar que este serviço encerrou 6 meses antes das obras se iniciarem, gastando milhares de euros ao erário público, criando aqui mais uma negociata em torno da saúde, e do negócio da doença”, acusou Herlanda Amado.

Para a CDU, ficou provado que o serviço público de saúde está a ter um papel insubstituível na resposta ao surto epidémico provocado pelo COVID-19, também é evidente que a política de redução e suspensão de importantes valências pode comprometer a qualidade de vida de milhares de Madeirenses e Portossantenses, assim como também a não realização dos exames auxiliares de diagnóstico e dos actos médicos atempados para prevenir problemas de saúde e para salvar vidas.