A candidatura da CDU reuniu durante esta tarde com a ASPP – Associação Sindical dos Profissionais de Polícia. Herlanda Amado, cabeça de lista, deu a conhecer as preocupações desta candidatura em relação às forças de segurança, bem como as reivindicações que deverão contribuir para a melhoria das condições de trabalho dos agentes da PSP.
No final do encontro com a ASPP, Herlanda Amado declarou que “o cenário apresentado no decorrer da reunião veio dar razão às denúncias feitas pela CDU ao longo dos últimos anos, designadamente, no que diz respeito à desvalorização deste sector profissional por parte do Governo da República, porque sendo funcionários do Estado a desempenhar funções na Região, não lhes são garantidas as adequadas condições de trabalho que lhes permitam, em segurança, garantir o desempenho dessas funções”.
O aumento da média de idade do Comando Regional foi também uma preocupação colocada, visto que o esforço e desgaste físico a que estão sujeitos deveria obrigar o Estado a ter uma intervenção que fosse mais apelativa para que os jovens ingressem na PSP.
Mas, referiu, a verdade é que com os salários com que iniciam as suas funções, o destacamento de 10 anos em Lisboa ou Porto, fazendo com que durante esse tempo os jovens agentes das Regiões Autónomas e do interior do País fiquem afastados das suas famílias, não são incentivos positivos.
A tudo isto, somam-se as péssimas condições de trabalho com que são confrontados, diz a CDU. Para tal, basta lembrar apenas algumas das esquadras da PSP na Região, que deveriam envergonhar o Governo da República, pois, não reúnem as condições mínimas de trabalho. “Tudo se deve ao facto de o Governo do PS não construir as esquadras prometidas há mais de 20 anos, Porto Santo, Ponta do Sol, Machico ou Santa Cruz”, refere a CDU.
Herlanda Amado disse ainda que “nesta matéria, não esquecemos o “parceiro” de corresponsabilidade, que é o Governo Regional da Madeira que tem uma inaceitável postura permissiva e de não exigência do cumprimento das promessas feitas”.
A candidata à Assembleia da República refere ainda que “a CDU ao longo dos anos tem defendido a proposta de atribuição do subsídio de insularidade aos agentes da PSP, mas a verdade é que de forma incompreensível, o Governo do PS assim não quer, e na República tem chumbando todas as propostas apresentadas”.
Para além do reconhecimento desta justa retribuição aos agentes da PSP, foi ainda valorizado o trabalho e empenho da CDU no plano institucional para que os agentes da PSP já tenham acesso ao subsídio de risco. Esta era uma luta de décadas que foi consagrada em Orçamento de Estado pela luta dos trabalhadores e suas estruturas sindicais e pelas propostas da CDU na Assembleia da República, dizem os comunistas.
No final da reunião com a ASPP, a candidata da CDU às próximas Eleições Legislativas sublinhou ainda a necessidade de se intervir de modo a favorecer “a criação de melhores condições de trabalho, como uma das reivindicações que acompanhamos e materializaremos no plano da Assembleia da República, porque só com a garantia de melhores condições de trabalho, mais meios humanos e materiais, mais e melhores remunerações, poderemos garantir que as forças de segurança estarão a ser justamente reconhecidas pelo seu trabalho e esforço. As palmas aquecem a alma de quem espera por justo reconhecimento, mas não alimenta quem necessita de mais e melhores salários”.