Testagem obrigatória semanal ditada pelo governo espalha a confusão nos cidadãos e as filas crescem nas farmácias

O Funchal amanheceu hoje com mais gente apressada na cidade. Motivo: fazer o teste antigénio ao covid. Querendo ou não, as declarações do presidente do Governo Regional ontem, com as novas restrições pandémicas, nomeadamente a necessidade da testagem semanal, empurrou muitos cidadãos para as farmácias e clínicas, congestionando sobremaneira os serviços e espalhando os receios na população.

Nas tendas montadas nas ruas, apenas com um ou dois funcionários, o trabalho foi intenso, as explicações muitas e a impaciência e descontentamento dos cidadãos têm sido muito evidentes. Não há mãos a medir. Se tem marcação faz o teste. Se não tem marcação, fica numa fila paralela a preencher papelada e a aguardar pela sua vez.

A maioria está vacinada e, numa sexta feira, dia em que muitos vêm às compras, a confusão é geral. As perguntas sucedem-se, numa torrente de perplexidade: primeiro, abriram tudo e permitiram as festas e agora querem cortar de qualquer maneira? É preciso teste para ir às compras? Isto é assim mesmo em cima da hora? Será que os governantes vão fazer também teste semanal? Será que eles voltarão este ano ao Mercado para a carne de vinho dá-lhos, sem máscara?

Atónitos mas resignados, todos baixam a cabeça sem perceberem a loucura deste mundo que os empurra agora para a testagem semanal, sob pena de não entrarem nos estabelecimentos para acesso a bens essenciais.

A maioria chega à testagem sem a marcação prévia, como é recomendada.