Albuquerque quer aquacultura “ecológica”; não convence detractores

Foram bem poucos, contando-se pelos dedos das mãos – mas mesmo assim estiveram presentes na abertura da conferência europeia sobre aquacultura – os cidadãos madeirenses que protestavam contra esta actividade, que promete soluções para abastecer de proteína a humanidade mas cujo impacto nos ecossistemas e na paisagem gera polémica.

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, bem se esforçou, no início da abertura (numa alocução num inglês vacilante) por afirmar que na RAM se fez um esforço, em meados dos anos 90, por criar um centro de pesquisa científica em aquacultura. Esse trabalho, afirmou, esteve em desenvolvimento ao longo destes anos e é muito significativo em termos científicos.

foto Rui Marote

“Há pessoas que estiveram a trabalhar com muito afinco em estudos para produzir uma aquacultura ecológica”, referiu.

Para Albuquerque, a aquacultura vai resolver um dos problemas da humanidade. “Temos de continuar a desenvolver a aquacultura para evitar o impacto da mesma (…) Há boas perspectivas disso”, afirmou.

Palavras que não convencem os detractores. Os que estiveram presentes hoje junto ao Pestana Casino, onde decorria o evento, pouparam nos cartazes e era num pedaço de cartão tirado de uma embalagem que estava escrito “Protejamos o oceano das negociatas da aquacultura”, que, acrescentava o que estava escrito, “produz peixe de má qualidade à custa do equilíbrio da biodiversidade marinha”.