PCP vai intervir na ALRAM por causa da empresa “Groundforce”

O PCP anunciou hoje, em comunicado, que irá dar entrada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira de um Projecto de Resolução que requer a máxima urgência de uma intervenção imediata do Governo da República e da Região Autónoma da Madeira na empresa SPdH Groundforce, no sentido de assegurar nos aeroportos do Porto Santo e da Madeira o número de trabalhadores que correspondam plenamente às necessidades de funcionamento da operação aeroportuária, e de proceder à sensibilização da SPdH Groundforce quanto às especificidades dos problemas das ilhas distantes, garantindo a estabilidade de uma empresa e de um sector de importância estratégica para a Região Autónoma da Madeira, para a aviação civil e o seu desenvolvimento integrado.

Dizem os comunistas que esta intervenção é importante, numa altura em que se registam problemas na operação aeroportuária no Porto Santo e na Madeira que poderão prejudicar o desenvolvimento regional.

A assistência em Escala, vulgo “handling”, constitui uma componente fundamental da operação do transporte aéreo, em particular, numa região insular. Em ilhas como o Porto Santo e a Madeira o “handling” não é nem pode ser vista como uma actividade secundária ou dispensável no contexto da aviação civil, consideram os comunistas.

Depois de um período crítico e com acentuada redução do número de voos diários para a Madeira e para o Porto Santo, agora, com a chamada “retoma económica” no turismo, colocam-se novos problemas e necessidades operacionais nos aeroportos da Região Autónoma da Madeira que requerem resposta imediata, sob pena de se registar um bloqueio da operação turística.

Por isso é indispensável que, em especial, a empresa Groundforce garanta a disponibilização dos meios humanos necessários à nova fase e à altura dos novos desafios de funcionamento nas operações aeroportuárias no Porto Santo e na Madeira. “São indispensáveis os trabalhadores em número suficiente, que têm sido confrontados com os salários em atraso, numa vergonhosa operação de chantagem e ataque aos seus direitos”, refere o partido.