O PS–M defendeu hoje a aposta no sector primário como perspectiva de futuro, propondo que sejam alocados a este sector 30 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e que seja feita a adaptação à Região do Estatuto da Agricultura Familiar.
Esta tarde, em conferência de imprensa realizada por via electrónica, o líder do PS-M afirmou que o contexto actual pode ser encarado como uma oportunidade de pensar e fazer diferente. “Precisamos de ultrapassar este momento de crise económica e social e temos de olhar para aquilo que temos e sempre tivemos, mas que nunca foi potenciado como deveria ser, como é o sector primário”, disse Paulo Cafôfo, apontando que temos de diminuir a nossa dependência externa e aumentar a nossa soberania alimentar.
Na perspectiva do dirigente socialista, tal só é possível através de uma aposta naquelas que são as nossas culturas tradicionais, mas também diversificando a economia agrícola, através da introdução de novos produtos e da inovação, que pode passar igualmente pela transformação.
“Precisamos de aproveitar os dinheiros que vêm do Plano de Recuperação e Resiliência”, sublinhou Paulo Cafôfo, defendendo que “uma fatia de 30 milhões de euros deveria ser reservada para este sector essencial e transversal à nossa economia”.
Cafôfo acha que a agricultura “pode ter um papel muito importante do ponto de vista económico, criando empregos e tendo igualmente impacto no sector do Turismo, que vive muito da paisagem”.
Outra das medidas essenciais defendidas pelo PS-M é a adaptação do Estatuto da Agricultura Familiar. Tal como explicou o líder do partido, atendendo a que as explorações agrícolas na Região são constituídas por pequenas parcelas, esta seria uma forma de apoiar e incentivar os agricultores a manterem os terrenos agrícolas e as culturas.
A recuperação de habitações rurais e disponibilização de terrenos que atualmente estão devolutos é outra solução que, no entender dos socialistas, pode representar uma oportunidade sustentável e rentável.
Paulo Cafôfo defendeu ainda a importância de valorizar os produtos regionais, aumentando o seu consumo, e a necessidade de apostar nos circuitos de comercialização locais.