Albuquerque garante que não há presentemente transmissão comunitária na RAM

O presidente do Governo Regional garantiu hoje que não há transmissão comunitária de Covid-19 na Madeira. O governante deslocou-se hoje numa visita aos Bombeiros Voluntários Madeirenses, com o objectivo, segundo o próprio, de lhes agradecer, em particular àqueles que se têm empenhado no transporte de doentes ou suspeitos de Covid-19 ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, salientando o seu empenho, dedicação e obviamente também o risco que têm corrido, para serviço público. O transporte é feito em ambulância com todas as condições de segurança, mas não deixa de ser um risco operar com doentes contaminados, frisou Albuquerque, ou com alta suspeita de contaminação.

Comentando mais uma vez as circunstâncias em que se realizarão as festividades de fim-de-ano na Madeira, Albuquerque voltou a dizer que as mesmas decorrerão dentro do contexto da pandemia, ou seja, sujeitas a uma série de restrições. Apesar de falar de restrições, o governante já começou a falar de “retoma”, dizendo que “há uma abertura do Reino Unido já desde o início deste mês”, e acreditando que haverá alguma retoma do turismo na Madeira no mês de Dezembro. “Temos cerca de 70 mil lugares nos aviões até ao fim de Dezembro”, referiu, pelo que espera que este período de Natal e fim-de-ano seja melhor do que o foi o mês de Novembro, na RAM.

Mencionando, por outro lado, que é nesta altura que se verifica o regresso dos estudantes e dos emigrantes ao arquipélago, voltou a pedir para que os mesmos cumpram as instruções das autoridades de saúde. Apesar da suposta “retoma”, admitiu que este “não deixa de ser um dos períodos mais difíceis para a contenção da pandemia”.

Justificando a manutenção do fogo de artifício, disse que, além da mais valia turística que o mesmo representa, “o nosso povo tem o direito de continuar a celebrar e manter a sua tradição”.

Interrogado pelos jornalistas sobre se continuamos sem transmissão comunitária, Albuquerque foi taxativo: “A transmissão comunitária não existe”. O presidente apenas admite a existência de algumas cadeias de transmissão local, “absolutamente identificadas e controladas”.

Finalmente, admitiu que quase todas as medidas de contenção serão em breve renovadas. As pessoas compreendem a necessidade de evitar o risco do aumento de contágio, considerou.

Questionado sobre a diferença entre as políticas da RAM e do continente em relação a celebrações de Natal e fim-de-ano, o presidente do GR da Madeira disse: “Nós nunca seguimos as orientações nacionais. Porque se seguíssemos as orientações nacionais, estaríamos muito pior do que estamos”.