PCP volta a denunciar aumento da pobreza e das desigualdades sociais

O PCP levou hoje a efeito uma acção política na Rua Fernão Ornelas, procurando abordar a problemática da pobreza na Região. O deputado deste partido, Ricardo Lume, declarou que, na RAM, cerca de 32% da população vive em risco de pobreza, São 81 mil madeirenses e porto-santenses, que não têm o rendimento suficiente para fazer face às suas necessidades mais básicas. E estes dados são de 2019, quando a Região estava em crescimento económico à mais de 79 meses consecutivos.

“O actual quadro sócio-económico que hoje vivemos, fruto das consequências do surto epidemiológico COVID-19, aliado a 44 anos de política de direita ao serviço dos grandes grupos económicos, potencia ainda mais a política de exploração e empobrecimento que o PSD e CDS, continuam a impor a quem vive na nossa Região”, queixam-se os comunistas.

Estes denunciam as “profundas desigualdades sociais e a injustiça social que na Região Autónoma da Madeira revelam raízes profundas” e que a crise económica e social “está a provocar o encerramento de muitas empresas, um aumento exponencial do desemprego e um crescimento da pobreza”.

“Bem revelador do galopante processo de agravamento da situação económica e social na RAM é o número de desempregados na Madeira que subiu 26% em Agosto de 2020. Os dados publicados em Setembro de 2020 pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) dizem que a RAM registou um aumento de 26,6% no número de desempregados, relativamente ao período homólogo. Na prática, são mais 3 975 pessoas em situação de desemprego. A Região neste momento representa 4,6% do desemprego do País, com 18 900 desempregados, correspondendo a um crescimento percentual cinco vezes superior à média nacional”, revela esta força política.