Albuquerque assiste à Festa da Flor lamentando despedimentos no Reid’s Hotel

O presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, assistiu hoje às celebrações da Festa da Flor que decorreram no cais 8, comentando que, apesar do figurino diferente, as mesmas até agora têm corrido bem. “Evidentemente, foi necessário reconfigurar todo o carácter funcional da Festa”, admitiu, aproveitando para agradecer a todos os grupos participantes que aderiram, associações e à sua própria Secretaria do Turismo, pela coordenação.

Associando também a esta Festa da Flor a celebração do Vinho, foi, segundo Albuquerque, “uma maneira de conjugar ambos os eventos em segurança”, e, apesar da “baixa turística” evidente, salientou a necessidade de “aproveitarmos esta retoma gradual que estamos a ter” procurando manter as ofertas tradicionais, dentro do possível.

Miguel Albuquerque voltou a referir que no momento há um ocupação de 30 por cento nos hotéis que estão abertos, o que está “abaixo do que é normal, como é evidente, mas está dentro daquilo que nós esperávamos”. Durante o mês de Agosto, declarou o chefe do executivo, houve 80 mil pessoas a desembarcar no arquipélago. “Penso que no mês de Setembro vamos atingir as 100 mil pessoas”.

Referindo que a RAM está condicionada pela situação dos mercados externos, congratulou-se com o facto de o Reino Unido ter mantido aberto o corredor aéreo com Portugal. A retoma turística “é muito gradual”, disse, mas prometeu que a Madeira continuará a tentar adaptar todos os eventos que tem habitualmente no seu calendário às circunstâncias.

Instado pelos jornalistas a comentar o agravamento da situação da hotelaria da RAM, com o o Grupo Savoy a preparar-se para colocar em lay-off cerca de 400 trabalhadores, o Reid’s a anunciar despedimentos e o emblemático café Apolo, na baixa funchalense, também na berlinda, Miguel Albuquerque considerou que a situação do Reid’s “é muito diferente da do Savoy”.

“O Reid’s iniciou um processo de despedimento de cerca de 68 funcionários, pelo menos foi disso que eu tive conhecimento”, constatou, lamentando a situação e prometendo fazer todo o possível, no quadro das competências do Governo Regional, para “apoiar essas famílias, esses trabalhadores que fizeram do Reid’s o grande hotel que é hoje. São pessoas que merecem a nossa consideração, e da nossa parte daremos todo o apoio que for necessário”.

Já o Savoy, disse, tem a ver “com o lay-off de um hotel de um dos grupos, no sentido de concentrar em outras unidades a retoma natural do turismo”. Mantêm-se, portanto, os postos de trabalho.