Rui Barreto recebeu CDS, em encontro onde este insistiu no aval do Estado

O secretário regional da Economia, Rui Barreto, reuniu hoje com o CDS no âmbito de vários encontros de auscultação aos partidos, na perspectiva do Conselho Consultivo da Economia, que, frisou o governante, “tem por missão preparar um programa para a recuperação da economia regional”.

“Neste momento difícil, devemos unir-nos todos”, considerou o governante, referindo-se à actual pandemia de Covid-19, que aperta ainda mais o cerco, não só à saúde pública, mas à economia de regiões ultraperiféricas insulares, como o é a nossa.

Esta ronda de auscultações que o Conselho Consultivo está a desencadear, declarou, está subordinada à temática “Ouvir para decidir”, e inclui ordens profissionais, partidos, associações, instituições particulares de solidariedade social, empresas, sindicatos e “todas as entidades que nos quiserem fazer chegar os seus contributos”.

Rui Barreto disse que já está em curso um documento com cerca de 50 páginas, baseado nos contribuições já registadas.

Da parte do CDS, o deputado Lopes da Fonseca aproveitou a oportunidade para dizer que o Governo da República ainda não deu o aval à contracção, pela Região, do crédito de 480 milhões, reivindicação que acha justo perseguir junto do Governo central. Já tendo passado muito tempo desde a aprovação do Orçamento suplementar do Estado, é de lamentar que a situação não tenha ainda sido resolvida, insistiu.

“A Região está por conta própria. Só estamos a contar com os impostos dos madeirenses e dos porto-santenses”, queixou-se. Daí que o futuro deva ser encarado com “apreensão”, mas também com “esperança”.

“Não pode haver dois pesos e duas medidas”, disse Lopes da Fonseca, considerando que o governo central favorece a Região Autónoma dos Açores.