O presidente do Governo Regional considerou hoje “crucial” o sector agro-alimentar, para se atingir uma “auto-suficiência”, dentro da medida do possível, na RAM. “Produzir e consumir na Madeira” é um objectivo desejável para Miguel Albuquerque, que assim falava numa visita efectuada à empresa “Aviatlântico”.

“A crise pandémica que estamos a atravessar veio acentuar essa necessidade”, declarou. “As grandes políticas que se estão a desenvolver na Europa vão no sentido de garantir a reindustrialização da Europa”, em diversos sectores, inclusive o sector supracitado.

Referindo-se à empresa visitada, disse que a mesma é responsável pela produção de cerca de um milhão e duzentas mil aves por ano para consumo de carne de frango, na Madeira. Números importantes, quando a produção regional anda à volta de dois milhões e meio de aves, e o consumo na Madeira anda à volta dos cinco milhões. “Ou seja, nós produzimos 50 por cento dos frangos que são consumidos na Região”.

O presidente do GR salientou que, através de verbas do PRODERAM, foi possível viabilizar uma intervenção tecnológica nos pavilhões, prevendo toda uma série de factores de regulação de humidade, de temperatura.

Manifestando o interesse governamental em continuar a fazer “uma aposta decisiva” no sector agro-alimentar da Região, Albuquerque disse que as entidades oficiais continuarão a fazer todo o possível para incentivar o consumo do produto regional, mais fresco e “de alta qualidade”. E deixou mesmo um apelo aos consumidores: o frango regional tem a marca “Madeira”, e é possível encontrá-lo nos supermercados, mas muitas vezes misturado com produto importado.