PCP quer outro paradigma diversificador do tecido económico regional

O PCP realizou levou hoje ao centro da cidade do Funchal uma acção política visando a afirmação da necessidade de defender a produção e o emprego com direitos, como factor determinante para alavancar a economia e o desenvolvimento da Região. Ricardo Lume considerou, na oportunidade, que a situação socioeconómica que se vive na RAM é dramática para milhares de pessoas em consequência da pandemia COVID-19, mas também devido ao facto do modelo económico imposto aos madeirenses e porto-santenses”.

Mais de quarenta anos de política de direita, afirmou, resultaram na “monocultura do turismo” e na submissão aos interesses dos grandes interesses económicos, e bem assim aos ditames da União Europeia, que incentivou “a substituição da nossa produção por importações”.

A realidade actual, referiu o deputado, “torna ainda mais evidente o papel fundamental da nossa produção diversificada, equilibrada, articulada e tecnologicamente avançada para substituir as importações, assegurando o abastecimento regional, uma maior soberania alimentar, garantindo assim o desenvolvimento e a criação de trabalho com direitos”.

Para os comunistas, os habitantes do arquipélago não estão condenados à política de submissão a interesses alheios aos do povo da Região, “que o PSD e CDS querem impor”. O PCP aponta uma política alternativa que valorize a produção regional, designadamente a pequena e média agricultura e a pesca; que garanta o escoamento dos produtos agrícolas e do pescado a preço justos; que possibilite que os apoios sejam entregues, em primeiro lugar, para a agricultura familiar; que dinamize os mercados de proximidade, fiscalize a grande distribuição e reforce o investimento do Governo Regional nas estruturas de apoio à produção; que promova o emprego com direitos e a valorização dos salários, reformas e pensões; que valorize os serviços públicos, em particular, o Serviço Regional de Saúde, a Escola Pública, os Transportes e a Cultura; e que assegure o controlo público de empresas e sectores estratégicos para a nossa economia”.