A União de Mulheres Alternativa e Resposta promoveu hoje uma conferência sobre os direitos humanos na sua sede, no edifício 2000. No Dia Internacional dos Direitos Humanos, a UMAR diz ter plena consciência, através do seu trabalho voluntário nas mais diversas áreas e do seu trabalho técnico nos projectos que integra, que o tema dos Direitos Humanos parece ser mais necessário que
nunca.
Reconhecendo que houve uma evolução do pensamento com o passar dos anos, a UMAR refere todavia que aconteceram retrocessos e hoje, a caminho de 2020, “encontramo-nos perante uma possível e lamentável alteração mundial, por conta do galgar de forças políticas, sociais e ideológicas de extrema-direita que fomentam o ódio, a discriminação e o preconceito no quotidiano das pessoas; para além dos inúmeros países em que viver sempre foi perigoso e os Direitos Humanos parecem ser uma miragem”.
A UMAR exibiu hoje nesta sessão um vídeo com uma cronologia da evolução dos direitos humanos na história, sem esquecer o
papel que as mulheres foram tendo ao longo dos séculos nessas mesmas conquistas.
Alertando para o facto de que os direitos humanos não sã um dado adquirido, a UMAR relembra que em 2018, 87 mil mulheres foram assassinadas em todo o mundo e aponta 30 mulheres assassinadas, até à data, este ano, em contextos de violência de género, em Portugal.
Enumerando toda uma série de violações dos direitos humanos por todo o mundo, o comunicado da UMAR à imprensa refere que, enquanto associação feminista, actuará sempre para que “os próximos tempos não sejam de recuos mas, sim, de afirmação de mentalidades mais justas, igualitárias, equitativas, responsáveis, activas e participativas de uma cidadania democrática”, sem discriminações de qualquer espécie.