Nova associação de inclusão social “Os Especiais” quer criar um “centro de competências”

A Associação de Inclusão Social “Os Especiais” (IPSS) é uma organização sem fins lucrativos de utilidade pública, que surge na RAM como um projecto de cariz social direccionado para a prevenção e inclusão de indivíduos com necessidades especiais, nomeadamente, com deficiência intelectual, auditiva, visual, motora e paralisia cerebral, refere um comunicado público.

“Uma das nossas principais bandeiras”, promete esta agremiação, “será a criação de um centro de competências por forma a fomentar a realização de projectos e acções relevantes, incrementando o aumento de competências destes cidadãos, para que se tornem autónomos, responsáveis e informados. Procuraremos ter uma intervenção universal, selectiva e indicada através da (in) formação, avaliações terapêuticas e encontros científicos. Desde modo, pretendemos, concomitantemente ter uma aposta forte junto da sociedade civil com o objectivo de sensibilizar e co-responsabilizar a mesma para questões relacionadas com a discriminação e as desigualdades sociais associadas a esta população.”

Um dos grandes objectivos será “reduzir, ao longo do tempo, as desigualdades sociais que acompanham estes indivíduos no seu dia-a-dia. Pretendemos criar projectos que visem melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com necessidades especiais e suas famílias, promovendo e defendendo os seus direitos; segundo o Observatório da Deficiência e Direitos Humanos, a deficiência é considerada o segundo maior motivo para a discriminação em Portugal, onde é manifestado também como sendo o país que regista a maior diferença em relação à média da União Europeia. Ora, perante estes dados, entendemos que a intervenção do terceiro sector é
fundamental no encontro de respostas junto da sociedade civil e do Estado, para que consigamos mitigar os indicadores associados à discriminação, nomeadamente, na educação, emprego e condições de vida promovendo o bem-estar destes cidadãos, não esquecendo nunca o trabalho em rede que deverá ser feito com os parceiros sociais que têm um papel fundamental nesta área. É de extrema importância ressalvar que estas problemáticas dizem respeito a todos nós, bem como a aposta na prevenção é primordial para que tenhamos uma sociedade mais inclusiva onde a diferença não é defeito”.