O líder do CDS-PP e candidato às próximas eleições regionais, Rui Barreto, afirmou hoje que vai esperar com serenidade pelo resultado do partido na noite de domingo. Para Barreto, os madeirenses não querem “mudanças às cegas”, é preciso “andar para a frente e juntar os melhores” e não “há homens providenciais”. Acredita que a população reconhecerá “o valor, o trabalho e a equipa do CDS”. Declarações prestadas no decurso dos últimos contactos com as pessoas nas ruas do Funchal e no Mercado dos Lavradores.

“Não abdico das minhas convicções e sobre isso já dei exemplos na Assembleia Regional e na Assembleia da República[votando duas vezes contra o Orçamento de Estado quando o CDS era governo com o PSD]”, lembrou. “O voto no CDS é um voto que não se perde, é um voto útil, é a mudança segura”, insistiu.

Rui Barreto salienta que as escolhas do dia 22 condicionarão os próximos quatro anos, pelo que, avisou, “é bom que as pessoas parem para pensar o que querem da nossa terra. Tenho muito respeito por todos os partidos que concorrem, mas convenhamos, há partidos que não estão preparados para governar”, sentenciou.

Por isso, pediu aos eleitores para “não desperdiçarem votos” porque esses votos “podem ser determinantes para que não haja maiorias absolutas”.

Sobre se a autonomia corre riscos, Rui Barreto defende que “é preciso gente que fale grosso para que os princípios constitucionais sejam respeitados”, mas advoga “uma relação que deve ser sempre de cordialidade”.

Numa indirecta ao candidato socialista, criticou promessas que ficaram por cumprir: “Presumo que Paulo Cafôfo seja socialista, o governo também é socialista, há compromissos que foram assumidos com a Madeira que não estar a ser respeitados. A comparticipação para o novo hospital era de 50%, agora é só 30%. Dizem agora que vão apoiar o ferry mas a ministra do Mar afirmou que o princípio da continuidade territorial estava assegurado pelo transporte aéreo e que não era preciso transporte marítimo. Os juros iam ser revistos, mas o Governo da República está a ganhar dinheiro connosco. Isto é com falinhas ou vamos exigir legitimamente aquilo que é um direito do povo madeirense?”

Rui Barreto diz que está “tranquilo” porque deu o seu melhor, e assegura que vai “esperar serenamente pela conta que o povo me der no domingo (…).